Ajuda

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   Realmente. 
 Ter uma criança é difiícil. 

  Talvez agora Luffy tenha começado a entender como seu tio se sentia. A criança nem era sua, mas lhe davam um trabalhão sempre que se oferecia para ajudar. Mas claro, ele adorava seus sobrinhos gritando em seu ouvido, por mais que preferisse eles caladinhos.
  Com o nascimentos de seus sobrinhos, estava aprendendo coisas que não achou que aprenderia um dia. Quer dizer, aprendia na escola para ômegas, mas fazia o favor de dormir em todas essas aulas. 

   Sanji parecia acabado, sempre que ia em sua casa para ajuda-lo, via o desgaste em seu rosto. Olheiras, cabelo despenteado, rosto pálido, parecia que não comia há seculos. Pode parecer um exagerado, eles só viraram pais, e não sobreviveram à um apocalipse. Mas o problema era: sim, era um apocalipse. 

  Eram pais de primeira viagem, jovens, sem noção nenhuma de como aquilo funciona. Não estavam preparados e muito menos queriam aquilo para eles agora. Mas aconteceu e deveriam ter responsabilidades. Então, aquelas crianças foram como um ataque zumbi, vieram de repente e não sabiam como prosseguir. 

  — Sanji, vá descansar um pouco. Eu posso ficar de olho neles. Daqui a pouco a Nami chega também. — Sanji negou.

— Não, eu estou bem. Não quero te dar tanto trabalho, Luffy. — Sorriu, vendo o amigo revirar os olhos. — Quando eles dormirem, eu durmo. — Não era mentira, sempre aproveitava o momento para descansar, mas sempre acabava acordando minutos depois com medo de que algo tivesse acontecido e saia correndo para o quarto deles. 

— ... Então quando a Nami chegar, você vai dormir. — Luffy disse sério. — Não quero te ver tão acabado assim. — Sanji concordou em um suspiro. 

— Eu não aguento mais, sério. — Sanji murmurou, colocando o filhote num balanço e se encostando no sofá. 

— Já está cansado em menos de quatro semanas? — Luffy riu. 

— Eu não consigo dormir direito, limpar a casa, cozinhar, e o pior, eu não consigo transar. Transar Luffy! — Sanji disse de forma dramática, olhando o teto cansado. — Eu quero muito transar. — Luffy gargalhou do desespero do amigo, recebendo um olhar feio. 

— Desculpe, desculpe.. — Riu. — Eu posso ficar com eles por uns dias, dai você pode transar a vontade... E dormir também. — Sanji negou em uma risada. 

— Acho que você não aguentaria nem por um dia. — Sanji disse. — Mas acho que aceitaria se fosse só por um dia, seria o suficiente. — Luffy concordou. 

— Eu posso ficar com eles amanhã. Venho pegar eles me cedinho. — Sanji assentiu, dando um abraço no amigo. 

— O que eu seria sem você em? — Perguntou-se, recebendo um carinho na cabeça. 

— Você seria nada. — Sanji riu, empurrando-o. 

— Não exagere. Eu me viro bem melhor que você.

— Estou vendo. — Sanji o encarou e revirou os olhos, pedindo para que Luffy o desse o filhote quando o mesmo começou a chorar. Luffy olhou para o amigo dando de amamentar e viu-o morder os lábios. — Está sentindo dor? — Sanji concordou. 

— Sim. — Sanji fez uma feição dolorosa. — Eles não tem dentes, mas ainda assim, apertam tanto que dói. — Luffy torceu o nariz, não querendo nem se imaginar na situação. 

— Quando os dentinhos deles nascem? — Luffy estava curioso. 

— Hm, com uns 3 meses, as vezes com 1 ano. — Sanji havia pesquisado para se preparar mentalmente. — Bem, de qualquer forma, isso não vai durar por muito tempo. — O loiro suspirou e se levantou, indo até a cozinha e pegando uma lata de refrigerante. 
   As batidas na porta assustaram os dois que estavam apenas aproveitando no silêncio, e ela sendo aberta foi o pior. Por alguns segundos acharam que tinha entrado um assaltante, mas se acalmaram ao perceberem que era apenas Zoro, e a Nami. — O que está fazendo aqui tão cedo? — Sanji perguntou para o alfa. 

— Eu sai mais cedo, ué. — Nami abraçou o amigo e correu para ver os sobrinhos, vendo que apenas uma estava acordado. 

— Eu percebi. Vai tomar banho, você está fedendo. — Zoro assentiu, dando-o um beijo antes de ir para o quarto. 

— Saanji, vai dormir. — Luffy disse, olhando-o seriamente. 

— Mas Nami acabou de chegar... — Sanji caminhou até a amiga e a abraçou, como se não a visse há séculos. 

— Eu sei, e é exatamente pela minha chegada que você vai descansar. Anda, olha essa cara de morto. — Nami riu, pegando o sobrinho do colo de Luffy e o erguendo para Sanji. — Papai, vai dormir, estou muito bem com meus titios. — Fez uma voz infantil e riu ao ver Sanji torcer o nariz. 

— Tudo bem, eu vou dormir. Não coloquem meus filhotes em perigo, pelo amor. — Sanji os deixou sozinhos na sala e foi para o quarto, deixando seu corpo afundar na cama. 

— Como se pudéssemos. — Nami revirou os olhos. — Olha só que gracinha. A tia cuida muito bem de você, não é? — A ruiva se derreteu ao ter a criança mostrando seu sorriso banguela. — Luffy, eu quero ter filhos. — Luffy a olhou. 

— Você quer ter agora, quando tiver vai se arrepender. — Riu. 

— Como eu poderia não gostar, olha só que lindinho. 

— Hm, é lindo porque vem de pessoas bonitas... — Nami o bateu, rindo em seguida. 

— Quem sabe um dia.. — Murmurou, pegando o filhote e andando com ele calmamente. 
  Sua paciência era divina, adorava passar um tempo com os sobrinhos e adorava ouvi-los chorando. Desde o dia em que recebeu a notícia que haviam nascido, não ficou em paz até poder vê-los. Mas estava em uma viagem, demorou 2 semanas inteiras para isso. Mas quando viu, não quis desgrudar mais. Era a fã número 1. 

 — Eu vou colocar Owen no berço, depois vou fazer algo para comer... Quer que eu faça algo? — Luffy perguntou calmo, pegando o filhote no colo e esperando a ruiva falar. 

— Um sanduíche natural está bom? — Ele concordou, indo para o quarto. 




Como Ser o Ômega PerfeitoOnde histórias criam vida. Descubra agora