Quatre

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Fiquei enojada. Tão enojada que nem consegui dormir. Eu iria mesmo fazer aquilo, com ele?!

Sai do quarto apressada. Percebo que duas mulheres estão me seguindo, ele deve ter posto guardas mulheres para evitar que algum macho se aproxime de mim.


— Onde posso comer? — pergunto a elas ainda caminhando pela casa

— Comer? Devia se preocupar em andar com cobertas assim — fala uma senhora um pouco mais baixa que eu. Ela olha para as duas guardas — Eu tomo conta dela

— Mas senhora...

— Shh. Vocês podem nos acompanhar até o casebre mas é apenas isso. — As guardas não discutem — Ok, então vamos.

A senhora me levou para uma casinha um tanto próxima da casa do Bellator, acho que foram uns 5 minutos de distância.

As guardas ficaram na frente da casa enquanto eu e senhora entramos. A casa era pequena mas bem aconchegante, a lareira com bastante lenha e prateleiras cheias de agulhas e baús cheios de tecido. Tinha uma mesa relativamente grande e uma janela. Havia também outra porta que provavelmente daria a um quarto. Próximo a lareira tinha armários.

— Vamos, entre — ela me diz

A senhora pega uma fita no meio da mesa e olha para mim indignada.

— O que ainda faz com esse trapo velho, vamos tire-o!

— Tirar?

— Sim tirar. Allez!

Solto os broches ficando nua na frente da mulher. Me sinto desconfortável mas ela não da a mínima e passa a fita por algumas partes do meu corpo.

— Tem pão e leite naqueles armários — ela diz indo procurar outras coisas na prateleira. — Acho que tenho algo para você vestir — ela vasculha os baús — Aqui, fille

Era um vestido branco de manga sem muitos detalhes, parecido com os que usava na aldeia.

— Obrigada

— Ta tá, você não estava com fome? Oh não espera que eu faça tudo não é? Já te disse onde estão os ingredientes, faça o bolo! — ela fala sentada de um lado da mesa

Fuço os armários e consigo achar o pão e o leite, junto disso também achei uma geleia que pelo cheiro, parece ser de amora.

Me sentei no outro canto da mesa tomando cuidado para não melar o simples vestido. Saboreio o primeiro pedaço que levo a boca, é tão satisfatório.

— Da próxima, peça ao seu parceiro para lhe alimentar antes de sair atrás de cavalheiros — ela avisa

— Sabe quem eu sou?

— Sei quem é o seu Alfa, fille, quem você é?! Não me interessa, por hora.

— Se sabe quem é meu Alfa, por que se aproximou de mim?

— Ele ainda não te protege como se você fosse tudo que ele tem, ma fille. Ele não te reivindicou.

— Mas eu fui escolhida pela lua, como ele pode não ter feito nada?

— Essa é a minha pergunta. O que você fez para ele estar assim? — a mulher me pergunta com a sobrancelha torcida

— Nada. Ele chegou e reclamou do meu cheiro. Se passamos 3 horas juntos, foram muitas.

— Como você se chama, ma fille?

— Amelie L..

— Shh. Seu segundo nome não é importante, talvez nem seu primeiro seja relevante agora.

ᴋᴇᴇᴘɪɴɢ ᴍʏ ᴀʟᴘʜᴀ - Aomine DaikiOnde histórias criam vida. Descubra agora