ᴋᴇᴇᴘɪɴɢ ᴍʏ ᴀʟᴘʜᴀ - Aomine Daiki

Treize

Acordo na outra manhã, agora meu cio se foi completamente e estou livre até uns 2 meses. Os barulhos da casa haviam voltado. Escuto muito bem os pratos se batendo e os criados andando apressados. Dou um pulo da cama parando em pé, não percebi que estaria um pouco dolorida ou que acabei acordando Aomine com esse gesto.

Me virei para ele, nu e com perfeitos cabelos preto azulados, ele ainda está cobrindo a sua melhor parte com um lençol mas mesmo assim ele era lindo. Dou um sorriso ao ve-lo, parece que a relação que tínhamos mudou completamente.

— Você acordou muito cedo

— Devem ser umas 9 horas

— Muito cedo

Entro em um banho antes de me ajeitar para descer e finalmente sair do quarto. Quando saio do banheiro vejo uma chemise longa com mangas pendurada em uma cadeira e os 1,90 do moreno ao lado. Ele estava vestido, ao menos a parte de baixo, algo me diz que ele não gosta tanto de camisas.

— O que é isso? — pergunto tocando na peça

— Minha avó insistiu que é sua.

— Que gentileza dela, eu usarei pela noite

— Ah — ele vira o rosto — ta

— Ah não ser que queira que eu use agora — arqueio a sobrancelha

Aomine olha para mim por um segundo e vira o rosto novamente, claro que ele queria que eu usasse agora.

— Tanto faz

— Então usarei agora mesmo

Ela ficou bem coberta em mim, algo que não é ordinário de uma chemise já que a maioria é bem transparentes. Ia até meus tornozelos e era encantadora demais para ser usada apenas dentro do quarto.

Aomine também terminou de se aprontar e depois do seu banho ele se vestiu completamente. Então descemos a escada, bom, eu tentei mas tropecei logo no primeiro degrau. Por sorte, ele me pegou no colo como há oito dias atrás e dessa vez eu não me debati sobre ele.

A alcateia de Aomine praticamente inteira estava na sala, os alfas no caso, aquelas 5 cabeças que me levaram de Arles, e o meu menos favorito me olhando com desdém. Kise contraiu um ódio por mim desde aquele dia e espero que ele reconheça a reciprocidade de tal sentimento.

— Senhores — Aomine diz

— Aomine, que bom que está bem — Kuroko diz, ele sempre foi o mais gentil

— Obrigado. Midorima, relatório?

— Cavalheiros tentaram se aproximar com mais frequência. De fato perceberam sua ausência, Aomine — diz o de cabelos verdes, o namorado do Takao.

Não consigo entender como pessoas tão distantes acabaram virando parceiros, e Takao diz não ter ciúme da possibilidade de Midorima achar sua ômega. Aliás, ao bater o olhar pela sala, ele parece não está presente.

— Onde está Takao?

Todos os olhos coloridos se viram para mim, tenho a impressão de que me ignoraram ou apenas não perceberam minha presença. Midorima vira o olhar para mim, ele estava raivoso, será que teriam brigado?

— Takao voltou do turno da noite por volta das 5. Talvez esteja acordado no meio dia.

— Espero que ele esteja bem também

— Ele está

O silêncio permaneceu novamente na sala. Eles parecem me encarar tanto, estou com algo na cara? Checo minha bochecha, se tinha algo, não tem mais.