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{8 anos atrás...}

  – Mamãe, papai acordem está quase na hora

   Olá, essa sou eu, aos meus nove anos batendo de madrugada na porta do quarto dos meus pais

   O motivo?

   Bom, vocês já vamos descobrir

  – Está quase na hora do que filha? - diz minha mãe abrindo a porta esfregando os olhos com meu pai vindo logo atrás

   Eu entrei e puxei os dois pela mão para descer as escadas

  – O meu fio vermelho mamãe, faltam 5 minutos para ele aparecer

  – Não era para você estar durmindo a essa hora mocinha

  – Papai, é o meu fio, meu fio vai aparecer papai, já é quase meia noite - paro perto da escada e falo para eles com os braços para trás

  – Então oque estamos esperando? - disse mamãe começando a descer as escadas

   Quando chegamos na sala eu fico grudada no relógio, mal via a hora de finalmente poder ver aquele fio vermelho comigo.

  – 5..4..3..2..1 - eu conto olhando para o relógio

   Mas quando paro e olho para minha mão, o fio não estava lá

  – Mamãe... onde está o meu fio?

  – Não se preocupe filha, o relógio podia estar adiantado, espera mais um pouco

   Aflita eu esperei, e esperei

   E adivinha...
   Nada do meu fio vermelho aparecer

   Cabisbaixa e sem falar nada, me levantei do sofá e fui de cabeça baixa para as escadas

  – Não se preocupe meu amor, ano que vem ele aparece

   Apenas afirmei com a cabeça e comecei a subir as escadas para o meu quarto

   Todos da minha escola já tinham visto seu fio vermelho, claro que alguns tinham 10 anos e não 9 mas apareceu

   Então eu me perguntava o motivo de o meu não ter aparecido

   Estava cabisbaixa, mas lá no fundo eu ainda tinha um pingo de esperança

   Uma esperança que foi totalmente destruída quando completei 10 anos e ele não apareceu

   A única coisa que cogitei foi que, para mim, o amor, o fio vermelho, a alma gêmea, não existia.

   E tive a completa certeza de que ele não apareceria depois que completei meus 11 anos. Se não apareceu com 10, por que apareceria com 11?

   E assim fiquei, a única da escola que não tinha o fio vermelho.

   Como sei disso?
   É simples, todos falam dos seus fios com uma felicidade indescritível no rosto.

   Meu tio, Wang Fu, é como se fosse um guardião por assim dizer.

   Ele é o professor e orientador dos fios vermelhos.

   Eu cresci ouvindo essa lenda que ronda todo o mundo, a lenda do fio vermelho das almas gêmeas, e sempre fui completamente apaixonada nessa lenda desde pequena.

{Dias atuais...}

  – Feliz aniversário Mariii- fala alya enquanto me abraça forte

  – Obrigada Alya - fala enfim quando ela me solta e consigo respirar - eh tenho que ir agora, e ir me preparando para o consolo que meus pais vão me dar

  – Eles fazem isso porque te amam

  – Sim eu sei mas.. acho que eles não precisam ficar me lembrando sempre que o meu fio não apareceu até hoje, esse "consolo" é como se fosse um lembrete

  – Não fica assim tá- Alya me abraça mais uma vez - posso ir passar a noite hoje com você, oque acha?

  – Desculpa mas não vai dar

  – Tudo bem, só não fica assim pra baixo

  – Vou tentar

  – E lá vai Adrien Agreste - ela cruza os braços quando ele passa pela gente - tenho dó da pessoa que é a alma gêmea dele, todo dia é uma menina se declarando, cadê o respeito? Além daqueles olhos verdes e frios - ela faz um movimento vomo se estivesse se arrepiando

   Vejo Adrien erguer o olhar quando já esta longe, nossos olhares se cruzam e eu desvio

  – Sim, bom eu vou indo

Akai Ito 'Unidos Por Um Fio'Onde histórias criam vida. Descubra agora