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   Ao chegarmos no local, me deparo com uma coisa na qual nunca tinha visto.
   Brilho, muito brilho, um tapete vermelho enorme, e muitos flash de luz sendo lançados frequentemente sem parar.

   A impressão que tenho é de que a qualquer momento esses flashs podem acabar segundo meus olhos.

  – Você está bem? - ele pergunta se inclinando para o meu lado e ficando na minha autura

  – Estou, só... não esperava tantas câmeras a essa hora

  – Você se acostuma

  – Eu levaria anos para me acostumar com isso, sinceramente, como uma pessoa consegue enxergar depois?!- ele Sorri e posiciona o braço de uma forma que fique um triângulo

  – Vamos? - Pergunta

  – Vamos - seguro no braço dele e juntos caminhamos pelo tapete vermelho até entrarmos no salão

   Assim que adentramos ouvimos sons de pessoas rindo, conversando, o titilhar de taças, uma música tocando ao fundo, algumas pessoas em pé enquanto outras estavam sentadas

  – Não sai de perto de mim ok? - eu afirmo com a cabeça e começamos a entrar mais no local

   Eu nunca tinha presenciado algo assim antes

  – Boa parte dessas pessoas já estão bêbadas - Adrien diz olhando para os lados

  – Você acha?

  – Não, eu tenho certeza. É só obcervar como eles estão agindo - começo a olhar as pessoas a minha volta e realmente alguns aparentam já estar bêbados

   Nos aproximamos de uma mesa mais afastada e nos sentamos nela

  – Por que você tinha que vim a um lugar assim?

  – Não era para mim vim, isso era para ser coisa do meu pai

  – Ah

  – Fique aqui ok? Vou pegar alguma coisa que não seja alcoólica para bebermos- faço que sim com a cabeça e ele se levanta

   Eu fico olhando ao meu redor, totalmente maravilhada. Tudo aqui parece tão fino, desde a decoração até as pessoas

  – Olá senhorita, qual seu nome? Está sozinha aqui? - sinto alguém se apoiar na mesa e eu viro meu rosto em sua direção

  – Não te interessa - digo ríspida, espero que isso não influencie de forma ruim o Adrien

  Ele não é nenhum velho, aparenta ter entre 25 à 30 anos

  Ele segura meu braço me levantando da cadeira

  – Qual é? Oque custa me dizer seu nome? E oque uma moça tão bonita está fazendo aqui sozinha?

  – Quem disse que ela está sozinha? - Adrien aparece atrás dele segurando duas taças e passando pelo mesmo e colocando as taças na mesa

  – Vejo o rosto do homem espairecer

  – Senhor Agreste? Quanto tempo, uma honra encontrar o senhor aqui - Estende a mão para o mesmo

  – Pena que não posso dizer o mesmo Castier. Estava atormentando minha acompanhante?

  – Elas é sua namorada?! Perdão, eu não sabia

  – Não ela não é minha namorada, apenas minha acompanhante dessa noite

  – Nao era para o seu pai estar presente hoje?

  – Ele não pôde comparecer

  – Oh, entendo. Então, não teria problemas de eu leva-la ali para conversar certo?

  – Não vejo problema algum, desde que seja da vontade dela

  – Então vamos ali - o homem sai puxando meu braço

   Eu não queria ir, de verdade, mas... não sei oque deu em mim, apenas fui

  – Não vai mesmo me dizer o seu nome?

  – Não

  – Essa é a única coisa que sabe dizer gracinha? Não

  – Não

  – Vamos, converse comigo, - ele passa a mão no meu braço - oque custa?

  – Não quero, com licença- viro-me para sair dali mas ele pega o meu braço e o segura com força e me puxa para perto, consigo sentir o seu alito com o mais puro cheiro de álcool

   Eu começo a querer escapar das mãos dele mas, a cada vez ele segurava com mais força

  – Não pense que vai escapar fácil assim

  – Eu fecho os olhos e sinto mãos envolverem minha cintura, e alguém me puxa para perto e ouço um estrondo. Quando abro os olhos, aquele homem está em uma mesa, que se encontra no chão com alguns cacos de vidro quebrado espalhados pelo chão

  – Mas quem..? Senhor Agreste? Achei que não ouvese problema em eu passar um tempo com sua acompanhante, afinal você mesmo me informou que não é sua namorada

  – Realmente não é, mas isso não lhe dá o direito de agir como quiser com ela, ela estava visivelmente desconfortável e você não a deixava ir. Então tive que tomar minhas próprias providências. Vamos embora Mari, já deu a hora

   Quando estamos virando as costas, do nada ele se vira de costas e acerta em cheio o homem que aparentemente estava prestes a atacá-lo.
E então saímos de lá

  – Oque foi aquilo? - pergunto já dentro do carro

  – Apenas um soquinho, duvido que ele vá lembrar de alguma coisa amanhã além de sentir dor

  – Por que me ajudou?

  – Esse é meu trabalho não é? Ajudar pessoas indefesas, aliás, vamos ter que treinar mais defesa pessoal

  – Quem te falou que eu sou uma pessoa indefesa?

  – Mas naquele momento você estava

  – Não estava não

  – Assume que dói menos, vi pelo seu olhar você pedindo ajuda. Você tem que agir quando for assim Marinette, afinal, não foi atoa que aceitei te treinar

  – Ok, eu assumo se você também assumir

  – Assumir oque?

  – Que se preocupa comigo

  – Mas aí vou estar mentindo para você

  – Como se você nunca tivesse mentido para mim

  – Que eu me lembre, nunca menti para você, e como vou assumir uma coisa que nem existe?

  – Ah, fala sério, eu vi o tanto de raiva que você estava no rosto na hora que acertou ele.

  – Eu te odeio

  – Não odeia, não

   E depois dessa, ficamos parte do caminho em silêncio

  – Mari

  – Sim?

  – Você acha que seus pais se encomodariam se eu dormisse hoje na sua casa?

  – Na minha casa? Mas.. por quê?

  – A noite foi um tanto "agitada" e não quero chegar em casa e transforma-la em um caos completo. Em outras palavras, não quero olhar na cara do meu pai já que ei socquei o rosto de um dos seus acionistas e sai muito cedo de lá

  – Ah... bom, meus pais não estão em casa, então como a pessoa responsável pela casa sim, você pode ficar

  – Obrigado

  – E mais uma coisinha, nós vamos, você sabe, fazer aquele negócio hoje?

  – Depois de tudo você ainda quer fazer isso?

  – Sim, é bom para respirar um ar fresco

   Ele suspira- Ok, podemos fazer uma rapidinha

   Em poucos minutos chegamos em frente a minha casa, saímos do carro e entramos na casa.

Akai Ito 'Unidos Por Um Fio'Onde histórias criam vida. Descubra agora