Em outro universo (Hailee Steinfeld x you)

Capítulo 24

S/n POV

Depois do almoço, Cheri chamou Hailee para conversar em seu escritório. Não tendo muito opção para mim, eu me sentei nos degraus da pequena escada que descia para o quintal que tinha na parte de trás.

Encarava o horizonte. Vista que tinha, pois a casa ficava em um morro. Conseguia ouvir as ondas batendo nas pedras lá embaixo, na praia. Era relaxante.

Escuto a porta atrás de mim se abrir e a alguém se aproximar, logo sentando ao meu lado.

— Vodka? — Era Griffin. Me viro para ele, vendo o estender uma garrafa de vodka para mim, com dois copos de shot na outra mão.

Pego a garrafa da mão dele e sirvo os copos, logo virando o conteúdo na minha boca.

O gosto tão conhecido por mim, invadiu a minha garganta, trazendo uma sensação de casa. Irônico, porém verdadeiro.

Vejo Griffin fazer o mesmo e logo uma careta surge em seu rosto, enquanto ele colocava o copo apoiado no degrau.

— Não está um pouco cedo para um americano tomar vodka pura? — Chamei a sua atenção, já voltando a encher o meu copo de novo.

— Tem razão! Vocês bebem isso como se fosse água, credo — Rio da sua fala, logo tomando o líquido que tinha me servido de novo. — Então... como está sendo viver em um novo universo?

— Intenso...

— Pelo menos tem a Hailee do seu lado.

— Tenho sorte por isso — Sorrio. — A Hailee consegue deixar tudo isso menos assustador. Ela me faz feliz.

— E você faz ela feliz... eu posso ver.

— Achei que não iria gostar de eu estar namorando a sua irmã.

— Por quê? — Olho para ele com um olhar óbvio. — Oh, sim... Viúva Negra, ex-assassina, entendi... eu acredito nas pessoas, S/n e bom, sei que você não é mais como era.

— Não tem medo de mim?

— ahm, não. Só quando você estava com uma arma apontada na minha direção — Lembro da noite em que cheguei aqui. — e claro, não tentaria te provocar ou fazer algo que poderia te irritar e fazer você me bater... mas fora isso, eu to tranquilo.

Nós dois acabamos rindo com o que ele disse.

— Sente falta da sua irmã? — Ele pergunta.

— Sim... sempre foi só eu e ela, até quando a Natasha ainda estava viva. A Yelena me criou... ela tinha seis anos e ganhou uma responsabilidade enorme. Eu fico imaginando como ela está com o meu sumiço...

— E como você está? — Eu sabia o que significava a pergunta dele.

— Perdida... eu aprendi a não demonstrar o que eu sinto, coisa que eu to fazendo desde que cheguei aqui. Meus pesadelos são as válvulas que libertam tudo o que eu sinto. A minha sorte é que sua irmã sempre está lá para me ajudar e me acolher.

A minha resposta causou um silêncio no ambiente. Nós dois encarávamos o horizonte, cada um com seus pensamentos.

— Acha que... eles estão procurando por você? — Ele corta o silêncio e eu dou de ombros, sem saber o que responder.

— Não sei... como vão associar o meu desaparecimento com o multiverso?! Podem achar que eu fui sequestrada... ou que fui morta, eu não sei.

— Mas o Peter sabe sobre o multiverso, ele poderia ter um palpite.

— Talvez não seja tão óbvio... — Não terminei o meu pensamento.

— E se houver uma possibilidade de acharem você e vierem te resgatar... o que vai acontecer entre você e a Hailee?