A Imortal

Prólogo

A mulher corria com o bebê no colo em direção a casa do velho feiticeiro.
O feiticeiro abriu a porta antes mesmo de baterem nela.
—Evelyn- ele disse- vejo que já teve o bebê, me pergunto porque você não parece feliz com isso.
—Posso entrar Fell?- ele a deu passagem para passar sem se queixar -Ela vai morrer- disse Evelyn,já entre lágrimas, os médicos falaram que não tem salvação, para eu me despedir enquanto podia. A peguei e fugi de lá. Você é minha única esperança. 

—Deixe-me ver a criança -pediu Fell, e quando Evelyn o entregou a sua expressão foi de pena e medo –realmente, ela não irá sobreviver. -ele disse- ela não é...mortal. A maioria dos imortais viram imortais com uma idade mais avançada...agora para um bebê...

Ele não precisou completar a frase. 

—Não... -a mãe começou a murmurar- tem que haver algum jeito.

—Ha um, mas... é arriscado. Não consigo tirar a imortalidade dela, apenas tentar adiar. E ainda assim, há um risco muito grande, pode não dar certo. 

—Faça.

—Evelyn, recomendo que pondere um pouco. Este é um procedimento que sei apenas em sua teoria.

—Faça.

Então ele viu determinação no olhar da mãe. Ela não desistiria de sua filha, mesmo que isso significasse uma mínima chance de sobrevivência. Fell decidiu que a ajudaria, mesmo nervoso, ele decidiu arriscar. Era um mago talentoso, não podia negar, mas ainda assim havia um medo de algo dar errado, ele não queria carregar o peso da morte de uma criança aos seus cuidados. Ainda mais daquela criança. 

Ele iniciou o processo, com o cuidado e atenção dobrado do que normalmente é. Uma luz negra brilhava em volta do bebê, seus cabelos, antes louros, tornaram-se brancos. A luz se expandiu, e todos no cômodo caíram desmaiados, menos a pequena Carrie.