Outro

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Não dormimos essa noite, e não estava nem um pouco cansada. Como estávamos acordados Kylor decidiu que poderíamos começar o treinamento. Fomos até a academia da casa. Ele me explicou o que poderíamos fazer, e me disse que a única forma de descobrir tudo era no treino. Correríamos todas as noites quando chegássemos da aula, pois assim poderia conhecer qual limite de velocidade eu teria. Lutaríamos também, segundo ele era algo que precisava aprender, além de como controlar minha força. A parte que eu menos gostei nisso foi o fato de que as lutas seriam reais, Kylor jurou que seria bom, pois minha cura é algo que preciso treinar também, mas como uma criança fiz birra falando que não queria me machucar, o que só o fez rir. Ele me ensinou o básico da luta, já que nunca tive muito contato com isso, e corremos um pouco também antes de dar a hora de ir à escola.

-Eu tenho uma pergunta –falei, quando já estávamos no carro- como descobrimos nossa individualidade?

-Ah, você sabe sobre isso. Muito bem. A individualidade, como se tivesse vontade própria, aparece para nós quando necessitamos dela. É aí que descobrimos.

-Você tem alguma?

-Eu uso uma, consigo invadir sonhos.

-Claro –me lembrei de quando sonhei com ele- então aquele sonho que tive, foi intencional?

-Totalmente, precisava chamar sua atenção. É uma habilidade bem útil na verdade, eu consigo fazer o que quiser em um sonho, transformar no ambiente que quiser, e tudo que faço com alguém lá dentro, reflete no corpo da pessoa aqui fora. Foi assim que curei o braço da líder de torcida.

-Aquilo foi você!? -o encarei chocada- por que não me contou?

-Você não acreditaria –ele me olhou, e desviei o olhar, era verdade- eu vi a situação, achei que você seria punida então tentei concertar. Quando ela desmaiou a visitei em um sonho e a curei. Infelizmente não antes de ela te dedurar.

-Agradeço mesmo assim.

Ele sorriu para mim e mudamos de assunto, novamente conversávamos até chegar na escola.

(...)

Estávamos indo para aula de geopolítica, quando vi Louis vindo em nossa direção, com a cara fechada.

-Primeiro: Carrie, você é uma irresponsável. Como passa por toda aquela situação e não tem a decência de ligar para avisar que está bem? -ele começou a andar ao meu lado, ignorando minhas indagações- e segundo: quando Annie me contou que estava andando com esse cara achei que fosse uma pegadinha. Você tem caquinha na cabeça é?

Kylor o olhou, indiferente, e continuou andando. Louis não se importou.

-Desculpe, você sabe como sou com celular. Eu ia avisar, ficou tudo bem no final, não vi mais aquele cara.

Menti na cara dura, não podia coloca-los em perigo.

-E sobre ele?

Louis apontou para Kylor.

-Viramos amigos, apenas aconteceu.

Ele abriu a boca para responder, mas Annie se aproximou e falou antes.

-Ah, vejo que ele continua aqui –ela olhou feio para Kylor, que nem mesmo se importou- bom dia amigos.

-Está de bom humor? -perguntou Louis, a dando um beijo na testa.

-Claro, Carrie e eu vamos provar os vestidos hoje depois da aula.

-Vamos? -questionei.

-Sim! E não vai me dar bolo, faltam menos de 10 dias para a festa.

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