Esses dias de verão me matam,
Odeio esse calor,
Parece que o sol se vinga dos humanos,
Por deixarmos a Terra como está.Mas esse calor nessas horas me fazem lembrar,
Daquelas tardes maravilhosas...
Fita de cetim vermelha,
Biblioteca,
E você amarradinho na cadeira,
Enquanto rebolava no seu colo,
E você me apertava por inteira...
Me fazendo sentir viva.Esse calor que flui dos teus lábios,
Esse teu hálito gostoso,
Língua habilidosa,
Adoro provar.Perdão tamanha submissão...
Perdão pelas coisas que adoro comprar...
Sou tão masoquista por ti,
Que ao te ver quero me ajoelhar.Onde estão as iniciativas feministas?
Onde estaria essa revolução?
Revolucionário são teus lábios
Nos meus lábios de baixo,
Ardente transa,
Fervente paixão...Peco cada vez que te beijo,
É fruto do desejo,
É consequência do teu sabor...
Cogitarei sempre tal amor,
Afugentarei esse frio,
Deixando apenas esse calor,
Do toque incisivo das nossas peles.O ar quente de nossas bocas,
Penetrando na derme,
Cabelos arrepiados,
Sentidos desesperados,
Para ter o transbordar...Quero te afogar em mim,
Assim como fazes comigo,
Me engasgando em ti.Tocar cada centímetro teu,
Te fazendo apenas meu,
Minha propriedade privada.Esse amor é egoísta.
Odeio quando querem invadir MEU espaço.
Odeio quando querem teu abraço.
E só te quero para mim.Esse calor entre nós,
Quero suar entre os lençóis,
Quero tua boca feroz,
Quero tua língua delicada.
Quero ficar molhada,
E por favor...
Me faça ser sua escrava.Já sou escrava dos meus desejos,
Mas ser escrava dos teus devaneios é...
O que quero de verdade.
Quero sempre sentir saudades,
De te ter por perto.
Então fica a vontade,
Para fazer o que quiseres.Brinque com curiosidade,
Me causando arrepios,
Me faça sentir viva de verdade,
Ressuscite o meu eu.Esse verão me deixa pensativa,
Com lembranças tão vivas.
Bolinhas tailandesas me deixam ativa,
Fique a vontade querido,
Para se afogar em mim.
[...]
L. W. S. C.
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•Insônia•
PoetrySabe aquela poesia que deve ser sentida? Não apenas cantarolada? Cada soneto de insônia foi imaginada para se igualar a realidade, inspirada por Nietzsche, Shakespeare, Bukowisk, Diogo Álvaro, Clarice Lispector, e alguns quadros como do Asencio, Jac...