É que...
Teu lábio é doce,
Um doce vicioso,
Suculento e perigoso...
Como erva venenosa,
Estou sempre disposta a provar.
Doce veneno dos teus lábios,
Majestoso dançar de nossas línguas,
Teu pescoço e gosto...
Quero gozar!Ah, anjo...
Para quê me serviu a calcinha de renda?
Se nem pudesses olhar?
Do que adiantou as pernas lisas?
Se nem com a língua pudesses tocar?
Do que adianta em você tocar?
Se nem se quer posso provar?Tua boca é ardente,
Sabes muito bem como me provocar...
Tua mão na minha cintura...
Vontade de gemer e suspirar...Como posso descrever teus toques?
Se sabes como me pegar forte...
Ando tão pálida,
Faz tempo que não vou para a praia,
E o sol não toca minhas nádegas...
Se isso te incomoda...
Faça elas avermelhadas ficar...Ah anjo, quer bancar o puritano?
Porque não me deixas novamente gemendo e gritando?
Porque não podes desvendar os segredos dos meus seios?
Para quê se conter ao me tocar?Me toque mais,
Me aperte mais,
Me bata mais!
Deixe minhas nádegas marcadas!
Deixe meu busto vermelho!
Deixe minha calcinha rasgada!
Me faça tremer de desejo!Por hoje ficarei molhada por dias!
Por hoje escreverei embreagada por dias!
Por hoje descreverei as maravilhas!Poder ficar numa boa posição pra ti,
Gritando enquanto penetras minha alma,
Com as palmas na minha cintura.
Que bela criatura és,
Por espalhar tamanho amor!Gozo e amor,
Podes me dar?
Se derramares na minha boca teu amor,
Que belos mares surgirão!
No Egito antigo os príncipes,
Gozavam no Rio Nilo para ter seus reinados felizes...
Sou teu Nilo,
Desague em mim teus amores...Me prenda em uma parede,
De frente para ti...
Beije meus lábios e me toque!
Toque meus rios de mel!
Toque no mais doce da minha existência!
Meu fruto sagrado...
Meu fruto amado...
Toque com teus dedos...Me beije intensamente!
Abafando bem meus gemidos...
Quando veres o meu revirar de olhos...
Desça minha lingerie!
Me encare como se fosse me devorar...
Me devore como se o mundo fosse acabar!
Me acabe como se tudo fosse deixar de existir.
[...]
L. W. S. C.
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•Insônia•
PoesíaSabe aquela poesia que deve ser sentida? Não apenas cantarolada? Cada soneto de insônia foi imaginada para se igualar a realidade, inspirada por Nietzsche, Shakespeare, Bukowisk, Diogo Álvaro, Clarice Lispector, e alguns quadros como do Asencio, Jac...