Dia Frio.

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Hoje amanheceu frio...
Tão frio que me lembrei do frio do teu coração,
Sim, lembrei de ti,
Nesse frio me encolhia,
E só pensava em ti sentir.

Tu és quente como o sol do verão,
Como falava o Diogo Álvaro...
Tão quente que ilumina meu dia,
Mas ilumina tanto que queima minha pele.

Teu corpo é a brasa do Olimpo que se recusa a apagar,
Tua mão seria uma extensão do fenômeno em combustão ao me tocar,
Que próximo ao meu rosto,
Faz meu coração desenfreado acelerar,
Meu corpo em êxtase queimar,
E ter ânsia do teu toque.

Tua mão na minha coxa,
Suspiro só de pensar o quão promíscuo...
Como te olhar depois disso?
Tua mão se aproximando cada vez mais do meu segredo,
Tremeria de desespero,
Para poder continuar.

Pensamentos perdidos, metralhando minha mente...
Mente...
Fala que sou sua, e me esquece!
Fala que me ama, e me obedece...
Obedecendo a apenas aos meus comandos na tua frente.
E depois jure nunca mais tocar meus lábios novamente.

Dois corpos,
Fantasias alimentadas,
Se tu suspirar,
Serei obrigada a tirar teu fôlego.

Mas como expressar o que penso?
Deveria eu fazer letras ?
Para saber descrever esse sentimento?
Se pelo menos novamente tivesse teu beijo...
Deveria estar na psicologia ?
Para atender as tuas demandas?
Ou continuar com filosofia ?
Para filosofar tua voz, teus lábios e meu desejo?

Sou uma simples mortal,
Viciada em teu gosto,
Tenho tanta ânsia do teu corpo,
Beijo e gozo,
Me vejo numa prisão...
Liberte meu coração!
Ou me faça perder a cabeça...

Você, minha prisão.
Que não é regime aberto,
Porque estou presa?
Fui fisgada e presa em flagrante!
Sou inocente na imensidão dos teus olhares.
Maldades...
Pensares
E saudades.

Anjo...
Anjo? Que anjo é esse que me prende?
Anjo que condena a minha existência?
O que de anjo tens?
Além do sorriso que me deixa louca!

E mais!
Porque querem me expurgar?
Como eles sabem do poder do meu olhar?
Ou do doce das minhas palavras?
Me veem como uma sucubus?
Eu seria uma ninfomaníaca?
Não...
Talvez eu use a lógica demais,
Sendo crítica demais,
Filosofando demais,
E não aceitando o que acho errado.

E essa sou eu.
Sem metade ou pouco.
Mas inteira.
[...]
L. W. S. C.

 C

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