Amor platônico em seu significado mais genuíno, seria a transcendência.
A transcendência dos dois tipos de Eros:
Eros vulgar,
Eros divino.O meu Eros vulgar por ti é insaciável!
A sede que sinto dos teus lábios...
Seria negociável?
E essa necessidade de existência do meu líbido?
Essa dependência é de certa forma inexplicável!Engravidei da alma,
Dei a luz a virtude,
Que possibilita toda essa abençoada contemplação do divino!
Teu corpo é a encarnação do perfeito,
Teus lábios é a transformação dos figos finos,
Sua saliva seria mel?
Teu toque é como estar no inferno, queimando e desejando:
matar a sede e sair do tormento!Deveria procurar o Caronte?
E contar a ele meu tormento?
- Barqueiro de Hades!
O que farei com esse lamento?
Me leve até o Ficino!
Buscarei vingança e investigação desse ser "Eros Divino"!Ah, anjo meu...
Que declínio absoluto...
Não percebe que absurdo,
Estou tanto a desejar?Deveria parar?
Sou tão jogada para ti,
Você é tão tranquilo daí,
Porque esse amor platônico insiste em existir?São muitas perguntas,
Pouca definição...
O que é paixão?
Amor transcendência, platônico ou ilusão?Cogitarei então,
Na transcendência de Platão!
O Eros divino é mais que paixão!
É a projeção do divino no outro...
Coisa que só a transcendência mais forte é capaz de alcançar.Sem interesse sexual,
Sem vaidade,
Apenas o jeito natural,
Ao qual é contemplado o outro.Porém o amor platônico é junção!
Entre Eros vulgar, paixão...
E Eros divino, contemplação...O erótico e satírico,
Com a materialização do santo!Corporificaste muito bem,
O que vem do céu e se torna carne!
Ficastes tão perfeito que imagino,
A personificação do divino,
Em minha direção...Quando eu falo de perdição,
é a isso que me refiro...Ser belo...
A beleza é uma cópia,
Você é uma imitação!
Sabe do quê?
Plagiasse a mais pura beleza,
A mais firme virtude,
A melhor fortuna,
A mais eloquente magnitude!A mais satírica e condenável luxúria...
Ah Eros, porquê logo a mim?
[...]
L. W. S. C.
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•Insônia•
ŞiirSabe aquela poesia que deve ser sentida? Não apenas cantarolada? Cada soneto de insônia foi imaginada para se igualar a realidade, inspirada por Nietzsche, Shakespeare, Bukowisk, Diogo Álvaro, Clarice Lispector, e alguns quadros como do Asencio, Jac...