Miguel bate palmas com uma expressão nada boa, ele vai se aproximando de modo bruto e irritado
—Porque eu não estou surpreso, e sempre assim, não importa o que for você sempre toma a força
—Espera Miguel não assim— quando eu falo isso, o rapaz cerrou seus punhos e com sangue nos olhos ele diz—não defenda ele, Você acha que é a primeira vez que ele faz isso, mas não, você já e décima quinta garota que eu fico que esse filho de uma égua pega escondido de mim
Arth então abre um sorriso e diz de uma forma debochada—Talvez elas trocam você por mim, porque diferente de você, eu tenho um pau diferente de você que tem algo quase inexistente
Miguel cerra os dentes e então ele esmurra Arthur, eu agarro ele tentando separá-los porém minha força não era suficiente, Arth responde os muros com uma joelhada nos testículos de seu irmão
Ficar entre eles era pedir para apanhar, minha voz não sai mesmo com minha boca fazendo movimento para que eles parassem, como de nada adiantaria, sai de lá com medo de que eu fosse culpada
Corri a toda velocidade em direção a minha casa, eu estava com o coração a mil, sei que a minha ação havia sido covarde, contudo eu nunca quis causar um briga entre os dois
No momento da briga eu senti uma culpa enorme, aquela culpa poderia aumentar caso eu ficasse ali por mais alguns segundos, foi por isso que pensei em sair
Quando entrei em casa, me acalmei inspirando e expirando fundo, eu preparei um chá para me acalmar e junto dele fiquei vendo série
Visão do Handou
No horário do meu almoço eu não conseguia parar de pensar em Karen, fiquei no parque almoçando cabisbaixo, sem nada dizer a ninguém
Quando eu voltei a minha função eu percebi que um dos meus ajudantes tomava, eu me aproximei dele de maneira bem cautelosa e disse
—Ei cara, desculpa atrapalhar o seu café, mas você pode me ajudar com um assunto
O homem coloca seu café de lado, vai até uma mesa próxima a máquina de lanches, e ao se sentar o mesmo puxo uma cadeira para mim
Eu me sento e então ele diz—vai me diz qual o seu problema, meu patrão
Entrelaçou as mãos, mordo o lábio inferior, e falo de maneira preocupada—Você já namorou alguém, contudo ficou pensando em outra pessoa—o ajudante pausa por um instante, coloca a ponta de seu dedo embaixo de seus lábios e cospe a resposta
—Bom, comigo nunca, porém com um amigo sim, o nome dele era marcos, o cara ficava com uma menina ruiva uma puta gata, mas quando a gente conversava o miserável não para de falar da ex, eu por muitas vezes dizia para ele que, não adianta o seu pau pedir por uma quando o seu coração pede por outra
—Tá mas, o que aconteceu com esse seu amigo—eu questionei com alguma curiosidade, o homem antes de responder levou a bebida aos lábios e falou—aconteceu algo quase óbvio, em uma noite quando ele estava nos finalmente com ruiva, ele chamou pelo nome da ex, e devo dizer o resultado foi péssimo, a ruiva puxou uma faca para ele, meu amigo só não morreu porque ele saiu da casa
—Escute bem meu jovem, se você não consegue tirar ela da cabeça, mesmo bebendo ou transando com outra, pense bem o que ela tem de especial, e depois como diz o ditado "vai comendo pelas beiradas"
O homem então se levanta e volta ao seu serviço, eu o impeço por um segundo para perguntar seu nome, ouço um suspiro e depois uma resposta
—Bom, entre meus amigos eu tenho muitos nomes, mas você pode me chamar de Geek
O serviço termina, vou até a casa de Carol, bato na porta, ela me abraça e me beija com felicidade, eu sinto culpa com aquilo, com um olhar sério e dor em meu coração eu termino com ela, obviamente faço isso de modo educado
Vejo seu olhar se transforma em tristeza, porém ela sorri e apenas aceita, com mais dor em meu peito eu abraço ela, quando isso terminar vou até a porta da minha casa, respiro fundo e digo a mim mesmo
—Chegou a hora
Visão da Ka-chan
Meu período de trabalho enfim chega, visto meu uniforme bastante nervosa, caminho até o trabalho com o meu coração a mil, vou até o balcão, Tenrashi estava bem normal, conversando rindo, o de sempre
Eu vi nem sinal do Arth no estabelecimento, eu não queria nem mesmo perguntar em que fim levou a briga, enfim, nós dois fomos entregando os sorvetes e açaís, como era de costume
Um vez ou outra eu vi Arth olhar para mim da janela de sua sala, no entanto eu dava zero atenção, eu também não dava muita bola para as cantadas do Miguel, eu tinha que equilibrar a relação que eu tinha entre os dois
Eu não iria querer uma briga como aquela tão cedo, O horário foi passando, a sorveteria foi esvaziando, no fim só restam três pessoas, eu e Miguel limpando e Arth em sua sala,
Fomos organizando produto a produto, limpando mesa por mesa, tudo enfim termina ambos tiramos os uniformes e nos preparamos para sair
De repente Arth sai de sua sala, ele vai até o balcão onde eu e seu irmão estávamos e disse enquanto olha para mim
—Você vai ter que escolher, ou você fica comigo ou você fica com ele—passo minha mão pelo rosto bastante tensa—Eu não posso ficar com vocês dois não— eu questionei de modo quase engraçado, eles não fizeram uma cara boa
—A gente precisa mesmo fazer isso Arthur?—pergunta Tenrashi de maneira exausta, Arthur irritado responde—É melhor ela escolher, para você não ficar de birra dizendo que eu roubei ela de você
—Vai se fuder, seu arrombado, você rouba tudo de mim não vem meter essa
—Porque você não pega essa sua frescura e enfia ela bem no meio do seu cu
A discussão fica mais acalorada, os dois quase saem no tapa, eu paro dando um soco no balcão
—Chega, que inferno!, vocês ficam achando que eu sou propriedade de vocês, eu não sou propriedade os dois querem se matar beleza?—eu pego duas facas coloca uma na mão de cada um e depois respondo—mas se matem sem mim
Eu agarrei a minha bolsa e meu uniforme e caminhei até em casa, eu cheguei cansada, vejo sentado na porta de casa Gustavo, ao lado direito dele uma caixa de cerveja e do seu lado esquerdo sua bolsa de roupas
Me sento ao lado dele, o mesmo sem dizer uma palavra me entrega uma lata de cerveja, eu levo a lata em direção a boca e questiono
—O que você ta fazendo aqui?—ele mexe a bebida enquanto encara os carros passando pela rua, seu olhar era neutro sem emoção alguma—Eu vacilei, isso é um fato, mas eu quero te ajudar, quero compensar as merdas que eu fiz
—Tá bom, e como você pretende fazer isso em Sr Gustavo?
Ele vira o resto de bebida na boca e diz
—Eu percebi que o Nicolas não mora aqui e você tá pagando essa casa sozinha, então pensei o seguinte, que tal eu me mudar para cá
Fiz uma cara de espanto, não pelo fato dele mudar para cá, mas sim pelo fato dele saber a informação da mudança de Nicolas
—Além do mais, eu tive um problema com a minha vizinha então, se você me permitir quero ser seu colega de quarto—Ele me pega pela Cintura e sussurra em meu ouvido
—Será que o seu Daddy, pode morar com você Baby?— fico desconsertada com aquilo, minha voz trava, de modo emocional eu respondo
—Yes Daddy
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Casal não assumido
RomanceApós deixar sua cidade natal e ir para a cidade grande, A jovem Karen encontra velhos amigos, entre eles esta Gustavo o Homem da voz sedutora segundo a própria Karen, sua relação com ele e de um amor provocativo apesar de nunca terem se relacionado...