Capítulo 36: Regras da Casa

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Gustavo então adentra a casa carregando sua mala, de maneira séria volto minha visão para o rapaz e digo

—Regra número 1, eu e você dormimos em quartos separados, aqui nós batemos na porta para entrar então sempre bata na porta primeiro—Levando seu dedo indicador aos lábios, Handou se aproxima de mim e diz de maneira safada

—E um pena que nós dormimos separados—ele se aproxima do meu ouvido e diz—Se pudéssemos dormir junto eu iria fazer você ficar bem quentinha—eu fico sem reação com seu comentário, me afasto rapidamente e me recomponho de maneira ligeira

—Regra número 2, Cada um lava suas roupas, não é para deixar nenhuma roupa por aí

—Que chato, pensei que eu poderia sei-lá deixar algumas cuecas por ai, assim você teria algo para se lembrar de mim quando eu saísse para trabalhar

—Gustavo é sério, eu preciso que você deixe essa casa organizada, assim podemos ser bons colegas de quarto—ele joga sua bolsa no chão, me agarra pela cintura e diz—quem disse que vamos ser só colegas de quarto?

Ele me deixa com vergonha, porém consigo quebrar aquela ousadia irritante de um modo quase cruel, me aproximo de seu ouvido

—Ara ara Gustavo senpai, você tem que ser bonzinho com a sua Loli, se não te ponho para fora—dito e feito, com uma careta de reprovação, Handou se afastou agarrou sua bolsa e foi para o seu quarto, antes de fechar a porta ele me olhou

Fiz um gesto de despedida e disse com aquela voz de Loli

—Até já já Gustavo senpai— Handou fechou a porta irritado, eu dei um riso quase sussurrado, ele estava na minha mão e eu sabia exatamente como puni-lo caso o mesmo me tirasse do sério

Caminhei até o meu quarto para dormir pois o dia seguinte seria longo

Visão do Handou

Eu após fechar a porta do meu quarto, jogo minha mala na cama e deito, meu coração estava repleto de felicidade, eu sonhava em estar junto da Karen porém eu achava que isso seria impossível, ela não queria um relacionamento

Então obviamente não seria tão simples para colocar uma aliança naquele dedo, mas como agora eu e ela morávamos no mesmo teto isso ficaria mais possível

Ao fim destes devaneios, desarrumei as malas e organizei o meu guarda roupa, como estava vazio eu pude encher ele com todas as minha camisas pretas, ou camisas de cores escuras,

Em minha cabeceira de cama coloquei a foto que eu possuía junto com Ka-chan, depois que tudo já estava bem organizado me deitei na cama e logo depois eu adormeci

Visão de ka-chan

Minha manhã já começou de modo incomum, um cheiro de panquecas paira sobre o meu nariz, isso me desperta imediatamente

Corro para fora do quarto, tropeçando em meus próprios pés caio na entrada da cozinha bem atrás de Gustavo, que estava com uma frigideira na mão, o mesmo se vira olha para mim com o queixo no chão

Eu me levanto e semelhante a uma criança e fico repetindo a palavra panquecas, Gustavo apenas larga a frigideira no fogão olha para mim e diz

—Bela camisola transparente—Eu faço uma cara de espanto olho de volta para meu corpo, contudo eu não estava vestindo uma camisola transparente mais sim uma camisa do jogo Kingdom Hearts, junto de um shorts jeans

Gustavo então cai na risada, em resposta a isso dou um murro na canela dele, a ideia machucou ambos, Handou ficou acariciando a própria canela e eu com o pé doendo fiquei xingando Handou de todos os nomes possíveis, os únicos que não xinguei foi Filho da puta, pois a mãe dele era uma pessoa maravilhosa e não tinha culpa de ter um filho tão atentado que adorava me atazanar seja de noite ou de dia

O segundo nome pelo qual não o chamei foi desgraçado, o motivo disso é que eu podia ser má, porém não queria entretece-lo tão cedo

Gustavo enfim coloca as panquecas em um prato para cada um, põe os molhos sobre a mesa e ficamos conversando enquanto tomamos café

Parando pra refletir naquele momento pensei

—Isso pode ser uma boa forma de me aproximar do Gustavo, e pode ser divertido, bom vamos ver no que dá

Casal não assumidoOnde histórias criam vida. Descubra agora