A COMPANHEIRA DE ESTHER

CAPÍTULO 7

J U L I A

Observo minha companheira se despir, antes de entrar na arena. Não gosto que os outros vejam minha fêmea exposta, porém meu maior incomodo, está no outro lado da arena, com seu enorme corpo másculo, e pronto para nos quebrar, por puro despeito, e ego ferido.

— ...qualquer interferência vinda de alguém que não seja os desafiantes, a parte ajudada perde três segundos para o outro. — meus olhos não saem na minha fêmea, sei que ela cortou nossa ligação, não está me deixando sentir o que ela está sentindo, mas sei que está temerosa. — é um desafio de vida ou morte. O perdedor será queimado aqui mesmo na vila, para servir como exemplo, para os que desejam desafiar, por uma fêmea já acasalada... — realmente, tento com tudo de mim, ignora a segurança do meu pai, ao falar sobre quem perderá essa batalha, porém pesando melhor, o único acasalamento válido, e o meu e da Esther, que é minha companheira de alma.

— vai ficar tudo bem, querida. — minha sogra da um pequeno afago no meu braço, passando conforto. — ela sempre foi esperta, desde ainda um bebê. Muito ágil, e se desliga do mundo, quando entra em modo de batalha.

— ela já brigou outras vezes? — questiono espantada.

— somente todos os dias, desde que aprendeu a andar. Sempre era uma reclamação diferente. Quando ela ficou maior de idade, preferiu viajar, conhecer o mundo, porque nada era suficiente. — sorriu pensativa, sem esconder o orgulho da sua filha.

— eu serei o suficientes?! — um temor arrepia minha coluna, mesmo que minha atenção esteja na arena.

— ela olha para você, como se fosse o mundo. — sorriu confiante. — agora, ela estará bem, se você estiver. Ela é sua fêmea, e fará qualquer coisa por você.

Me aproximo da grade, sentindo meu peito apertado, então vejo os dois se transformar. Minha fêmea é linda, seu corpo é enorme, e suas listras marrons parecem ondular sobre sua pele.

— ela sempre foi diferente. Seu corpo é mais esguio que um tigre comum, e esse é um dos seus diferenciais. — Denis sorriu orgulhoso da filha. — ela é tão agiu quanto um leopardo. — completa observando, como se ela não estivesse encarando a morte, e sim apenas um treinamento.

— vocês não estão preocupados?! — questiono me sentindo perdida.

— não podemos. Estamos preocupados, porém confiamos na sua vitória. — observa com orgulho, a filha encarar o oponente, e abraça a sua companheira pelos ombros. — pode parece duro, porém ela apenas não tem o direito de perder.

Meu coração está tão acelerado, que posso senti-lo apertar meu estômago. Eu confio e desejo que minha fêmea ganhe, porém tenho muito medo, porque Roman, é um guerreiro acostumado a treinar diariamente, e Esther praticamente é uma shfteres civil.

Ele ataca primeiro, e Esther se esquiva com rapidez, fazendo ele rosnar em fúria. O mesmo ato repetisse várias vezes seguidas, e deixando ele furioso com minha fêmea. O seu animal, é uma pantera negra, seu grande corpo pesado, alcança a tigresa, que desequilibra por meros segundos, antes de atacar.

— céus! — levo minha mão a boca, sentindo-se sufocada, vendo ele alcança uma das patas da minha fêmea. — por favor Esther! — imploro, e vejo ela lançar suas garras nas costelas do outro felino, e escapar da sua mordida.

E S T H E R

Minha pata está machucada, e isso dificulta as coisas, mas canalizo todas as minhas agilidades e lições que tive desde que nasci, sabendo meu dever de vencer, não importando quem seja, ou a ferocidade que meu inimigo me ataca.