CAPÍTULO 8

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J Ú L I A

Fazia no mínimo duas horas, que estávamos viajando de moto, pela rodovia estadual, e a ansiedade já atingia todas as minhas células. O ombro da Esther, já está recuperado das fraturas, porém levou quinze dias para que ele pudesse voltar a move-se com perfeição, e também levou alguns pontos na barriga.

— já chegamos?! — questiono, quando ela para em um posto de combustível.

— a um posto sim, ao nosso distinto, não. — implica, e dou um tapa em sua coxa. — aí, amor. — resmunga, pegando minha mão e prendendo junto a ela.

— estou cansada. — saiu da sua garupa, se sentindo inquieta. — sério, eu não gosto de surpresas.

— está você vai gostar, eu prometo. — me puxou para seus braços, e me manteve em seu abraço.

Um frentista abasteceu a moto, e logo seguimos viagem novamente, e uma hora depois, paramos enfrente a um casarão, onde poderia ouvir perfeitamente o barulho de crianças.

— onde estamos? — questiono incerta, vendo ela sorri.

— em uma das minhas viagens, me hospedei nessa cidade. Então um dia estava voltando para casa, e encontrei uma garotinha, sendo provocada por dois garotos maiores. Me senti tão ligada a ela, que não sabia como agir. — sorriu desconcertada. — minha fera, simplesmente queria levá-la com ela, mas não poderia, então trouxe até o orfanato que a pequena vivi.

— você acha?! Acha que, é ela?! — minha fera grunhe empolgada, e fico eufórica com o pensamento.

Shfteres que acasalam, e não tem filhos naturalmente como eu e Esther, muitas vezes tem um filho ligado. Simplesmente encontramos uma criança, e nossas feras reconhecem como seus, e dependendo da situação que a criança vive, temos a chance de adotamos, ser padrinhos, ou amigos próximos.

— sim amor. Só teremos certeza, quando vemos juntas. — declara me abraçando. — ela é tão linda amor. Parece uma bonequinha, e o cheiro dela é tão perfeito.

— porque não me disse antes?! — protesto, meio que arrastando a Esther em direção ao prédio.

— eu não sabia como falar ao certo, deveríamos ter vindo a dias, mas a mamãe não deixou, porque ainda estava me recuperando. — suspira inquieta.

— a Dara já sabe?! — questiono, sentindo-se desanimada, por ser a última a saber.

— não mesmo! — negou com espanto. — se ela soubesse, já teria vindo buscá-la, mesmo que fosse sequestro. Não conhece sua sogra?

Concordo brevemente, enquanto toco a campainha. Estou tão empolgada, porque é algo que é tão difícil de conseguir, e termos essa oportunidade seria algo que jamais poderia recusar.

— orfanato montes verdes. O que desejam?! — uma senhora gordinha, de sorriso espontâneo questiona.

— minha esposa e eu, viemos conhecer as crianças. — declaro, praticamente me enfiando entre ela e a porta.

— hoo! Claro, entrem. — abriu espaço para que entrasse. — venham comigo até a diretoria, e vão fazer um cadastro de visitante, e depois poderão fazer uma visita acompanhada da assistente social. — assinto com satisfação, porque apesar de demorar a ver a nossa menina, ao menos sei que as exigências aqui são boas, pra proteger os pequenos.

A COMPANHEIRA DE ESTHEROnde histórias criam vida. Descubra agora