Este capítulo contém cenas que podem ser sensíveis para algumas pessoas.
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Estou na minha cama
E você não está aqui
E não há ninguém para culpar
Além da bebida nas minhas mãos trémulas
Falling
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- Os anos tem sido difíceis...me sinto cada vez mais perdido, sozinho. Eu sei que tenho os meninos do meu lado, sei que eles estão aqui pra servir de âncora para os meus problemas, mas porra...- Funguei fechando meus olhos. Era sempre uma dor enorme vir visitá-lo, mas eu gostava.
Fazia eu me sentir perto dele de alguma forma...
- É difícil, Loiro...- Sorri triste sentindo minha visão ficar turva - É difícil pra caralho sem você aqui. - E um soluço escapou de minha garganta, quando me dei conta eu já estava de joelhos em frente ao túmulo de meu falecido amor ‐ Eu te odeio...eu te odeio, eu te odeio...- Repeti diversas vezes agora socando sem força alguma o mármore gelado por conta do tempo frio - Te odeio por me deixar, te odeio por não ter me ligado...eu te odeio por te amar...e-eu sinto a sua falta... - Levei as minhas mãos até meu peito o apertando. Estava doendo, era como se estivessem enfiando uma faca e retirando, repetindo essa ação diversas vezes - Sinto todos os dias quando eu acordo e não tem uma mensagem sua me dando bom dia, sinto sua falta quando abro a merda da porta do carro e eu vejo a sua foto no espelho, eu sinto a sua falta quando eu entro na faculdade e não vejo você vindo me abraçar...é tu-tudo tão...porra, é tão...
- Doloroso? - Abri meus olhos notando a figura feminina bem conhecida por mim, Hyuna - Jun... - Senti meu peito se apertar ainda mais - Vem cá, meu menino...
Sem pensar duas vezes abracei o corpo da garota que agora estava sentada ao meu lado. Hyuna era prima de Jimin, também era a única da família que tinha algum contato comigo. Hyuna foi uma pessoa muito importante durante os primeiro meses após a morte de Jimin, perdi a conta de quantas vezes a mais velha passou noites em minha casa tentando me acalmar durante as madrugadas junto aos meninos.
No início foi tão doloroso, não que agora não seja mas, antes era pior. Foram noites e dias sem comer, sem dormir, surtando, chorando e implorando para que tudo aquilo fosse apenas um pesadelo, crises e mais crises. Quando me dei conta que eu não o veria mais eu realmente surtei, tentei tirar minha própria vida uma, duas, três, quatro vezes...
Eu parei de contar quando passou da quinta....
Após esse surto eu entrei em um tipo de estado "programado", minha rotina se tornou monótona, acordar, comer, faculdade, casa e dormir, então tudo se repetia até chegar o final de semana onde eu passava o dia inteiro na cama me culpando e pensando em como eu falhei. Foi difícil fazer esse ciclo vicioso acabar, mas isso só foi possível porque eles estavam lá por mim, sem os meninos eu tenho certeza que sequer estaria vivo.
- Está mais calmo? - A voz doce de Hyuna se faz presente após longos minutos onde a única coisa que se ouvia era o meu choro e alguns murmúrios - Quer ir lá para casa? Faz tempo que a gente não conversa, Junnie. Estou com saudades de você - Seu sorriso amável surgiu em seus lábios. Limpei minhas lágrimas me levantando junto a mais velha.
- Obrigada...eu não sei o que faria se.
- Já passamos dessa fase, Jun - Uma risada baixa escapou da garota - Só vamos logo, parece que vai chover. Você veio a pé ou?
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From the future to the past • jjk + pjm
Hayran KurguO real sentido, o tempo futuro está contido no passado, afinal, nosso futuro só ocorre se o passado existir. E se pudéssemos mudar o passado? Refazer nossos passos, como se fosse a primeira vez, fingir que o presente nunca ocorreu? Daria certo? Eu c...