Capítulo 02- Boku no sensei

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- Meu... ancestral? - disse Minoru.

O pequeno adolescente olha o homem sentado no trono. Ele usa uma calça roxa, botas negras e está sem camisa. Um corpo bem trabalhado, um rosto masculino e uma postura segura e firme. Mineta vê praticamente uma representação física de como ele gostaria de ser.

- Sim.

- Você é meu tataravô?

- Talvez mais antigo do que isso. Eu vivi na época que as individualidades começaram a surgir.

- Uau... - Mineta fica em choque. Não esperava que seus ancestrais tinham os genes de um homem alto, bonito e musculoso. Como gostaria possuir esses genes.

Menasheh se levanta e caminha em direção a Minoru. Ele se ajoelha, apoia sua mão direita no ombro esquerdo do menor.

- Eu vou guiá-lo para ser um herói, assim como te ensinar a forma correta de conquistar as garotas.

- Sério? - Mineta fica com os olhos brilhando.

- Sim - Menasheh faz um carinho na cabeça do menor e se levanta - estava esperando que você dormisse para entrar em contato contigo, mas não esperava que ficaria inconsciente ao meio-dia.

- Acontece - disse Minoru com a mão na própria nuca rindo sem graça - Então você é o espírito do meu ancestral?

- Não. Eu sou uma memória que implantei no meu filho antes de morrer no DNA. Como passou algumas gerações estou em todos meus descendentes.

- Até na minha mãe?

- Sim. Vou conseguir entrar em contato com ela. Como ela é apenas uma civil, não vai se beneficiar muito com meus ensinamentos. Mas você, Minoru, vai ter condições de ser um grande herói. Sua sorte foi ter nascido na época certa onde os heróis tem aprovação popular.

- Nunca foi assim? - fica com cara de interrogação.

- Em uma sociedade que do nada que alguns indivíduos começaram a aparentar poderes chegou muita desconfiança. Mesmo sendo comandante das forças de Israel foi dispensado dos meus serviços militares.

- Israel?

- Sim eu sou um mestiço de japones com judeu.

- Não sabia. Por que minha mãe nunca me contou sobre você?

- É simples. Os primeiros heróis não foram muito bem recebidos pelo governo e minhas ações chamaram atenção demais.

- Herói não é uma coisa boa? Por que o governo não gostou de você?

- Lembre-se que na época não tinha regulamentação de individualidades e na profissão de herói. Como ser herói ou vigilantes eram a mesma coisa.

- Isso parece muito injusto.

- Minha esposa falava muito isso. Reconheço que não fui santo já que cheguei a matar alguns vilões. Na época me concentrava na yakuza. Encarar organizações criminosas de frente é difícil de se controlar. Daí recebi pena de morte e fui executado. Se sua mãe não sabe sua existência é provável que o governo induziu o silêncio para minha esposa e filho, então meio que fui esquecido com as gerações.

- Uau. Falando nisso parece que os piores vilões estão no governo.

- Lembre-se de uma coisa. O governo não é bom e não é ruim, mas formado de pessoas burocratas que usam desculpa que está ajudando o povo, mas na verdade estão apenas garantindo uma falsa sensação de segurança, mas não vamos discutir sobre política, mas sim no seu treinamento.

- Sim - Mineta fica sério e olha para o homem alto.

- Como nomearam a individualidade de nossa família?

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