Uma semana depois
Seulgi não saiu da casa de Irene nem um dia se quer desses sete dia desde que Seulgi visitou seus pais em Seoul. O motivo era simples, Irene não deixou, sob hipótese alguma, que a Kang ficasse sozinha durante esses dias.
Sobre as lembranças, Seulgi se lembrava de mais coisas, mas ainda não tinha todas suas memórias de antes. Porém tinha o necessário, se lembrava de todos que eram importantes em sua vida. Seus pais, Joohyun, a mãe de Irene e Bambam. Esse foi o último, Kunpimook Bhuwakul. Seulgi se lembrava perfeitamente do gatinho tailandês que havia chegado para um intercâmbio e morava na mesma rua que Seulgi. Viraram amigos e logo percebeu que o rapaz tinha outras intenções com ela, viu ai uma ótima chance de esquecer os sentimentos confusos que vinha tendo com sua melhor amiga.
As coisas com Bambam não eram as melhores quando ocorreu o acidente, mas ele ainda era o pai de seu filho. Sabia o quanto ele estava animado em ser pai, principalmente quando descobriu que seu primeiro filho seria um menino. Estava emocionado e extremamente feliz.
Os pais do rapaz viviam na Tailândia, mas vieram para a Coreia enterrar seu filho, moravam lá desde então, em Seoul.
- Você acha que seria muita informação pra ele? - Seulgi buscava a aprovação de Irene, já que ela também era a mãe de Hyunjin.
- Sinceramente? - Joohyun ergueu um pouco a cabeça para olhar melhor o rosto de Seulgi. Estava deitada sobre a mulher, acariciando seu braço, enquanto a ouvia falar. - Acho.
- Acho que a gente deveria primeiro contar pra ele sobre você, ver como ele reage e esperar uma adaptação, pra depois contar para os avós dele. - Concluiu Irene.
Elas haviam encontrado os pais de Bambam, e Seulgi queria contar pra eles que seu neto estava vivo, eles mereciam saber.
- Você tem razão. - Seulgi mordia o lábio inferior enquanto encarava nenhum ponto fixo. - E você acha que ele vai aceitar bem a gente? - Voltou a olhar Irene.
- Eu não tenho ideia de como ele vai reagir, nunca me relacionei com ninguém desde que ele nasceu. - Joohyun dizia se deitando ao lado de Seulgi agora.
- Deixei você com uma baita responsabilidade hein, desculpa por isso. - Seulgi dizia, se virando em direção para Irene, deixando a própria mão apoiar seu rosto.
- Isso nunca foi um problema pra mim, eu amo aquela criança desde o primeiro momento que vi naquele berçário assim que nasceu.
- Você é uma mulher linda, tenho certeza que muitas pessoas quiseram chance com você nesses últimos anos, porque não deu chance a ninguém, estava com medo dele não reagir bem? - Seulgi estava genuinamente interessada.
- Sim, apareceram algumas pessoas interessadas, mas não era medo da reação dele que me impedia. - Joohyun começou, virando-se para olhar Seulgi. - A verdade é que eu nunca fui capaz de superar você.
Seulgi sentiu suas bochechas queimarem, e a risada de Joohyun, seguida de um beijo fizeram com que a Kang tivesse certeza que havia corado.
- Eu.. - Joohyun começou agora olhando em seus olhos, transmitindo a sinceridade das palavras que viriam a seguir. - Eu sempre amei você, mas nunca fui capaz de te dizer isso. - Deu uma risada constrangida antes de dizer porque. - Achava que você era totalmente hétero. Eu sabia que você não me rejeitaria, mas ainda assim tinha certeza que você não me amava da mesma forma, então era bem provável que as coisas ficassem estranhas e mudassem entre a gente.
Seulgi entendia perfeitamente aquela reação, pois basicamente pelo mesmo motivo que ela nunca havia dito como se sentia em relação a Irene.
- Saber sobre a sua morte, lidar com isso foi difícil pra mim. - Irene continuava. - Eu tinha perdido a minha melhor amiga, o amor da minha vida e a chance de me declarar pra você alguma vez na minha vida estava acabada. A única pessoa que me mantinha sã e que me ajudava a passar por isso além da minha mãe era Hyunjin.
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Before You Go - Seulrene
RomanceÀs vezes a vida pode ser cruel e em meio a tantas coisas ruins, um menininho de seis anos com os mesmos olhinhos de gato de sua mãe biológica é a única coisa de Seulgi que Joohyun tem.