DIX-HUIT

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:)

Harry
20:32

— L-lou?

Minha voz saiu trêmula, eu não imaginava que iria receber uma ligação dele, eu também tinha medo, medo de não saber o que ele iria falar, mas então ele continuou

— Harry, eu queria nunca mais olhar na tua cara, mas eu não consigo simplesmente fingir que está tudo bem e seguir minha vida, eu preciso saber o que aconteceu, Harry e eu só te peço isso, venha aqui e me conte a verdade.

— Quando? — Perguntei com a voz levemente tremula

— Eu não posso receber visitas essa hora, apenas Zayn pode ficar comigo já que agora ele é meu acompanhante. As visitas são de 9h as 11h da manhã ou de 17h as 21h — Falou de forma ríspida, dando a entender que eu deveria ir nesse horário.

— Eu não posso ir amanhã, eu preciso ir em Holmes.

— Ah, claro. — Falou com certo desinteresse — Provavelmente eu terei alta só e um mês então você tem tempo. Tchau — Desligou a ligação tão rápido quando começou ela.

Me assustava ter essa conversa com o Louis, me apavorava na verdade. Durante todo o tempo que estivemos separados eu criei roteiros do que eu poderia falar, e agora nenhum me parece apropriado, por mais que todos tivessem apenas a verdade, mas ela é tão irreal que sinto medo de contá-la.

Percebi que eu estava na mesma posição de quando atendi o telefone, ele estava na minha orelha e eu o segurava com o apoio do meu ombro, uma das minhas mãos tinha a chave e a outra estava no balcão. Tirei o celular da orelha e coloquei em cima do mármore, andei até a porta com as chaves e a tranquei, subi as escadas indo até meu apartamento.

Tomei um banho rápido e fui para minha cama, abrindo o computador e comecei a procurar passagens de trem para minha cidade natal. Faziam alguns anos que eu não ia até lá.

Após alguns minutos pesquisando achei uma com um preço acessível, mas ela saía daqui muito cedo, comprei e decidi arrumar a mochila que eu levaria para ficar esses dias, um kit de higiene pessoal, algumas roupas e cuecas, coloquei também a minha carteira, não coloquei calçados pra não ocupar espaços então levaria eles no meu pé.

Depois de tudo pronto eu dormi, já que acordaria no outro dia as 4:30 da manhã.

Acordei na manhã seguinte sem auxílio de alarme, já que não lembrava onde havia deixado meu celular, ao olhar para a janela um certo desespero me atingiu ao ver um raio de sol pela janela. Não tem raio de sol as 4:30 da manhã em Londres, certo? Certo. Nesse momento me levantei e corri por todo o apartamento em busca do telefone.

Quando cheguei na sala e vi o relógio da parede desisti de procurá-lo e vi q precisava me arrumar ja passava das 5:20 e eu não conseguiria chegar caso não saísse até as 5:30, banho não era uma opção, vesti uma blusa e uma calça qualquer, e calcei meu tênis, um vans que foi branco algum dia, e coloquei à mochila nas costas.

Fechei a porta do apartamento e desci as escadas correndo, por sorte não levei uma queda, ao chegar na floricultura eu achei meu celular em cima do balcão, o peguei e coloquei em meu bolso, tranquei a pequena porta da lojinha e corri até o ponto de ônibus que me levaria para estação de trem.

O ônibus ja estava passando então corri ainda mais rápido da esperança de conseguir chegar a tempo, mas antes de chegar no ponto o motorista já havia dado partida e ido embora.

— MERDA — Gritei no meio da rua, me sentei no banco torcendo para o próximo ônibus não demorar muito.

Quinze minutos depois eu continuei ali esperando e agradeci aos céus quando vi que o meu transporte se aproximando, fiz sinal e o motorista parou, entrei dentro do ônibus com pressa torcendo pra conseguir chegar a tempo de pegar o trem das 6:00.

THE ACCIDENT  {L.S}Onde histórias criam vida. Descubra agora