You showed me love (Rosattaz)

23

10 anos depois

Rosamaria

- Caroline de Oliveira Saad Gattaz - Gritei Carol.

- O que foi amor? - veio correndo da sala - Eitaaa- falou quando viu meu chinelo todo mordido.

- Olha o que este cachorro vez - mostrei meu chinelo que estava todo destruído.

- Este cachorro é seu filho - falou pegando o cachorrinho no colo.

- Caroline não testa a minha paciência- falei com raiva - Carol a gente e jogadora de vôlei não tem como criar um cachorro- falei mais calma.

- A Pri e a Leia tem um - falou.

- Mais elas escolheram o mais educado - tentei argumentar- Você tinha que pegar logo o baguceiro - sentei na cama - E porque ele só come o meu chinelo?

- Eu não sei- falou

- E você que ensina isso pra ele Carol- acusei ela.

- Claro que não Rosa- falou rindo - Viu filho sua outra mãe não gosta de você- falou baixo pro cachorrinho.

- Para de colocar meu filho contra mim Caroline- peguei o cachorrinho que me olhava com olhar pidao - Por isso ele não gosta de mim - falei chorando.

- Amor você tá chorando? - veio me abraçar.

- São meus hormônios - falei chorando- Mamãe ama você sim Jack.

- Se você não tivesse de TPM ia falar que está grávida- falou rindo.

- Dedos não engravida Caroline- falei rindo- Mais este cachorro precisa ser adestrado - falei seria.

- Tá eu concordo com você - falou por fim - Vem tomar café, que a gente ainda tem treino.

- Vamos sim - deixei um selinho no seus lábios- Os treinos agora vai ser bem puxado - fui andando com ela pra cozinha - Ainda mais agora que vamos entra nos playoffs.

- Pois é - me entregou uma salada de frutas- O Sesc Flamengo melhorou bastante nesta reta final.

- Temos que manter o foco total agora - comecei a comer a salada de frutas- Vamos encontrar a Ariele- fiz cara de nojo.

- Amorzinho meu - fez voz de bebê- Esqueci ela.

- Como? - olhei pra ela - Toda vez que vamos jogar contra, ela sempre me provoca- falei com raiva.

- Faz o de sempre - falou rindo - Desce o braço na quadra adversária.

- Eu é acerta uma bolada na cara dela - falei rindo.

- Está minha namorada e brava- falou rindo e veio me beijar, mais antes dela fazer isso escutamos um barulho de algo quebrando na sala.

- JACKKKK- gritei pro cachorro que derrubou o vaso de planta, a sala ficou só caco é terra.

- É filho agora não tem como te defender- falou Carol com os olhos arregalados.

- Carol pelo amor de Deus- falei olhando a bagunça do cachorro- Faz algum coisa pra este cachorro para de ser mal criado.

- Eu vou chamar a super nani dos cachorros- Ela falou tão séria que eu acabei rindo.

- Está coisa não tem nem tamanho - apontei pro cachorrinho que estava rolando na terra - Olha o que ele tá fazendo Caroline.

- Como pode - Carol tirou o cachorro da terra - Ele era o mais quieto, o Johny que era baguceiro - falou me olhando.

- Aceita que você escolheu o cachorro errado - falei rindo - O cachorro da Leia mais da Pri é um príncipe- peguei uma vassoura e uma pá, fui limpa a bagunça.

- O é nos que não somos boas mães? - falou.

- Caroline este cachorro precisa de atendimento profissional- falei rindo - Ele é muito bagunceiro - a campainha tocou, Carol foi atender.

- Oi casal Rosattaz- falou Pri- O que aconteceu aqui? - olhou a bagunça e caiu na risada com a Léia.

- Eu não acredito- Leia falou rindo.

- Viramos uma piada Caroline- terminei de limpa a bagunça.

- Vou mandar isso no grupo- Leia falou já com celular na mão.

- Tá bom né Leia- Carol falou.

- Este cachorro de vocês e muito baguceiro - Pri riu - Ele tem que ser adestrado.

- Mais é isso que eu falo pra Carol- falei emburrada.

- Vamos resolver isso amor - ela falou- Vamos deixar ele na creche, porque temos treino agora.

- Se deixar este cachorro aqui sozinho - fui andando pra pegar minha mochila de treino- Ele quebra este apartamento todo - falei rindo.

- E bem capaz mesmo- Carol pegou sua mochila - Vamos meu povo - saímos do apartamento.

  Nestes 10 anos, muita coisa aconteceu. Meses depois de ter aceitado assinar com o Minas, eu recebi a notícia que ele tinha morrido na cadeia, foi espancado e violentaram ele até a morte, foi uma morte bem dolorenta, eu não consegui chora por ele ter morrido, não depois de tudo que passei por causa dele.

   Eu fui convocada pras olimpíadas de Tóquio, não só eu como Carol e as meninas, foi uma experiência incrível, ainda mais viver isso com elas. Chegamos na final, achei que iria enfim rolar o pedido de casamento, mais infelizmente ficamos com a prata, e o tão sonhado pedido de casamento com a medalha de ouro foi adiada pra Paris, isso se a gente for convocada. Mais eu não preciono a Carol pra fazer o tal pedido, uma porque a gente já tem uma vida de casada, e outra que fui uma promessa nossa da adolescência, pra quem esperou deis anos espera mais três não vai fazer mal.

  Eu sei que ela tá louca pra fazer o pedido, mais ela quer cumprir a promessa dela, de fazer numa final olímpica, ela fala que vai ser mais inesquecível, todo mundo vai se lembra do nosso noivado. Pra não estragar o sonho dela fazer isso, eu espero com a maior paciência do mundo.

  Eu amo de mais ela pra esperar. Se não for em Paris, vou esperar a próxima, uma hora o ouro vem e o pedido também. Olhando ela dirigindo toda concentrada, eu só penso que vale a pena cada segundo do lado dela, a gente já passou por tanta coisa juntas, que só reforça ainda mais que ela é a mulher da minha vida.

- O que foi? - me olhou de relance.

- Eu te amo- coloquei minha mão na sua coxa.

- Eu também te amo- me deu um selinho rápido quando o carro parou no sinal vermelho- Você tá muito sentimental hoje - limpou uma lágrima que caiu.

- Só tava lembrando, de tudo que a gente viveu nesses últimos anos - limpei meu rosto- Odeio ficar menstruada- falei chorosa- Fico muito chorona.

- Meu bebezão- apertou minha bochecha- Foram tantas coisas boas - entrelaçou nossos dedos- Ainda bem que tivemos o privilégio de viver isso juntas.

- Sim - ri pra ela.

  Ela seguiu nosso caminha pra o treino. Tínhamos um campeonato pra vencer.

Continua...