Capítulo 15

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Deus, quem jogou um piano sobre minha cabeça?

Acordo lentamente, grata pelo quarto ainda estar escuro e não precisar
enfrentar a claridade do sol até que meu corpo desperte de verdade. Olho à minha volta, estranhando o lugar onde estou e flashes da noite anterior
começam a encher meus pensamentos.

- Está melhor, Mary?

Oh, meu Deus! Sebastian está deitado em um sofá que mal cabe suas longas
pernas, desafiando algumas leis da física naquele curto espaço.

- A minha cabeça ainda dói um pouco, mas acho que poderia ter acordado pior. É tão injusto vê-lo espremido nesse sofá.

- Você preferia que compartilhasse a cama com você?

Olho para ele apreensiva. Eu não posso ser tão óbvia e confessar que sim,
preferia que ele compartilhasse a cama comigo.

- Tanto faz - demonstro um pouco de nervosismo.

Ele levanta do sofá, esticando as pernas, e caminha em minha direção me deixando receosa com o que pretende fazer. Quase sinto decepção quando apenas segura a minha mão, forçando meu corpo a se levantar.

- Eu pretendia ir embora antes que você acordasse, mas lembrei que eu
precisava responder a uma certa pergunta que você fez.

- O que exatamente te perguntei?

- Por que eu havia começado se não pretendia terminar. Não havia algo
que eu mais quisesse fazer, e faria, caso não estivesse bêbada ontem.

Eu sei que ele tem razão, mas não vou lhe dar o gostinho de saber disso
depois de ouvir seu jeito arrogante de falar.

-.Quem disse que aconteceria algo entre nós ontem? Eu não sou uma mulher desesperada a ponto de me abrir para o primeiro que aparecer.

- Então sua pergunta foi por conta do champanhe? Por falar nisso, você
está acostumada a encher a cara, Mary? Parecia muito familiar com a bebida.

Já não basta a vergonha, ainda tenho que buscar paciência...

- E eu que pensei que soubesse tudo a meu respeito. Suas investigações
não incluíam a quantidade de álcool que eu consumo por semana?

- É, confesso que investiguei isso também, mas pensei que poderia ter
algum erro em minha pesquisa. Então ficou bêbada por falta de costume?

- Belíssima conclusão. Eu até pediria desculpas por ontem se fosse um
pouco menos estúpido, porém pensando melhor, talvez tenha me embebedado ustamente por me sentir oprimida em sua presença.

- Fico feliz em saber que consigo tirar alguma reação de você. Pelo menos não me ignora.

Ele passa a andar pelo quarto, me deixando um tanto zonza. Continua em seguida.

- Venha tomar um banho. A loja deixou comigo alguns daqueles vestidos
que estavam no salão de beleza, então mandei que meu motorista trouxesse.

O que ele quer dizer?

- Por que eles fariam isso? Olhe, Sebastian, eu já trouxe problema demais para você. Talvez seja melhor que eu vá embora de uma vez, já que hoje é outro dia e sou totalmente capaz de me cuidar.

Dou a volta para alcançar a porta, quando ele me prende em seus braços,
seu rosto a centímetros do meu.

- Me deixe cuidar de você, Mary.

Engulo em seco, confusão se tornando meu segundo nome. O que esse
homem está me propondo? Será que apenas quer fazer a coisa certa tomando conta de sua funcionária com ressaca ou está pedindo para que fique com ele?

UM CEO PARA CHAMAR DE MEU - SEBASTIAN STANOnde histórias criam vida. Descubra agora