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SUAS MÃOS SUAVAM, seu coração batia ritmadamente como em uma música acelerada e os olhos azuis observavam Edward atentamente, procurando por algo - a qual ainda não sabia dizer exatamente o que. O vampiro não sentia nenhum desses sintomas, por motivos óbvios, no entanto, sabia que se pudesse estaria pior que a garota a sua frente.
Sentia seu coração mórbido querer reviver por alguns segundos, apenas para pulsar por alguma ação, trejeito ou fala da francesa.
- Aqui está o Ravioli de cogumelos - a garçonete de cabelos negros curtos diz cordial dispondo o prato na mesa, tirando a atenção do casal.
- Obrigada - Selene desperta de sua divagação agradecendo educada.
- Não há de que - assente - e você, não vai querer nada mesmo? - se dirige a Edi.
- Não obrigado - diz calmo.
- Precisando de alguma coisa é só me chamar - diz sugestiva para o garoto, a malícia clara em seu tom de voz faz a D'Angelo se mexer desconfortável em seu assento.
- Não vai comer mesmo? - a francesa questiona baixo ainda encarando seu prato.
- Não, estou em uma... Dieta especial por assim dizer - brinca arrancando um riso nasalado de sua companheira, mesmo que ela não tenha entendido o que de fato ele quis dizer - acho que te devo algumas respostas.
- Você não me deve nada - dá de ombros.
- Selle' eu não entendo, como pode não ficar nem ao menos curiosa sobre mim? Ainda mais depois de tudo que você viu? - bufa confuso.
- Não é que eu não fique curiosa Edi, eu só não acho que eu tenha o direito de te questionar ou encher de perguntas, quando você me salvou duas vezes - suspira começando a comer - mas é óbvio que eu me pergunto como você parou um carro com as mãos ou como soube onde eu estava hoje.
- Eu não sabia, foi por acaso - responde a garota mesmo que ela não estivesse efetivamente o questionando.
- Não me parece que esteja contando a verdade - e de fato Edward não estava - Porque insiste que eu te questione por respostas que você não está disposto a dizer?
- Eu não quero mentir para você querida, mas certas coisas são maiores do que eu, sinto muito - suspira ao ver na mente da garota seus questionamentos se ele estaria a seguindo ou algo do gênero - eu não estava te seguindo, eu só... Tenho um forte instinto de proteção em relação a você.
- Então você me seguiu - constata o óbvio.
- Eu estava tentando manter distância, a menos que precisasse de ajuda, então quando ouvi o que aqueles idiotas estavam pensando não consegui não intervir.
- Como assim o que eles estavam "pensando" ? - ergue uma sobrancelha confusa para o rapaz na sua frente, que não responde - como é, você lê mentes?
