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HAVIA ALGO ESTRANHO e conforme os dias convivendo duplamente com os Cullens e os quileutes se sucediam, Selene concretizava essa certeza em sua mente.
Os Cullen ainda não sabiam dos seus novos amigos, mesmo vez ou outra reclamando do cheiro de cachorro impregnado nela - o qual a mesma não compreendia muito bem - não se manifestavam para nada além disso, incluindo Alice, que já tinha dificuldade em prever o futuro da irmã, por algum motivo parecia não conseguir ter visões relacionadas a relação dela e dos quileutes.
Edward continuava aparecendo em sua mente como uma assombração, usando a extensão de seu poder para muitas vezes se comunicar com a companheira em seu subconsciente. O vampiro apesar de nada contente com as novidades, nem tentara proibi-la de vê-los já sabendo da inutilidade que seria e tampouco alertou a sua família em uma espécie de lealdade velada aos desejos da francesa que embora não tenha manifestado em voz alta, inconscientemente demonstrou a vontade da ocultação desses fatos.
Mas a estranheza em si, não vinha do lado dos vampiros e sim do lado dos novos amigos.
A convivência que outrora fora quase diária e íntima, parecia cada vez mais distante. As conversas pareciam censuradas, o nome de Sam era algo quase proibido, quando Selene sequer sabia quem ele seria, e para findar, Jacob que demonstrava ser um amigo tão leal estava afastando-a, respondendo todas as suas mensagens com secura e inventando mentiras esfarrapas, alegando gripe ou trabalhos na oficina.
Cansada de tudo aquilo, decidiu terminar de uma vez por todas aquela rede de mentiras.
Não seria hipócrita, tanto quanto ignorou por um bom tempo os segredos por trás da família Cullen, poderia fechar os olhos para os mistérios por trás dos quileutes também, seja lá quais fossem, mas não podia lidar de forma alguma com as mentiras e afastamento que lhe eram oferecidos.
Com tudo isso em mente e cheia de determinação dirigiu rápido sob a forte chuva que assolava a cidade naquele sábado em direção a reserva e após estacionar bruscamente o conversível, praticamente saltou do carro ao se deparar com um Jacob sem os costumeiros cabelos longos e apenas de bermuda, exibindo todos os músculos que a francesa nem sabia que o mesmo possuía.
- Me corrija se eu estiver errada, mas me lembro de ter recebido uma mensagem sua mais cedo falando que a gente não poderia se ver hoje porque você está terrivelmente gripado - indagou transbordando deboche nas últimas palavras e por toda a sua expressão - ou você se curou em menos de 2 horas, ou deve estar testando um tratamento para o resfriado em baixo da tempestade seminu e olha que surpresa, aparentemente ainda decidiu passar no cabeleireiro e tomar bomba.
- Selene, vá embora - disse entredentes irritado.
- Vá embora? É isso que tem a me dizer porra? - retrucou tão irritada quanto ele.
