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"Ei Boun, onde você vai?", o Chefe de Polícia perguntou ao loiro que parecia estar se preparando para sair.

"Vou ao hospital encontrar o Ohm. Fluke já deve ter chegado lá também. Vamos interrogar a vítima do último ataque do Sombra.", disse o homem, colocando a arma no coldre.

O homem mais velho concordou com a cabeça, mas parecia distante. "Precisa de alguma coisa?", Boun perguntou ao amigo.

"É que eu estava checando o arquivo do Fluke e–", Kao foi interrompido pelo amigo.

"Ah, cara! Achei que você tinha superado aquela coisa que vocês dois tiveram! Você não está namorando aquele psiquiatra bonitinho que é dono de uma clínica no centro?", Boun mexeu as sobrancelhas, provocando-o.

"Vou ignorar seu comentário como se não existisse e voltar ao trabalho!", disse Kao, corando um pouco. "O fato é que encontrei algo estranho no arquivo do Fluke, Boun!"

"Pelo seu tom, isso parece sério.", o loiro largou o clima brincalhão e deixou sua personalidade profissional tomar conta.

Boun podia ser visto como alguém que não seguia estritamente a lei, mas todas as suas ações eram guiadas por seu senso de bem e mal. Ele nunca poderia ferir pessoas inocentes, mesmo que suas mãos estivessem sujas, ajudando a condenar os verdadeiros bandidos.

"Você se lembra...", Kao parecia hesitante, "quando tivemos aquele happy hour quando Fluke chegou na unidade e ele nos contou sobre como seu pai havia cometido suicídio?"

"Claro, cara. Isso foi pesado pra caramba. Mas o que há com isso?

"A ficha do Fluke diz que o contato de emergência dele é o pai dele que mora em Lamphun.", disse Kao, deixando o silêncio completar a frase. Fluke havia mentido para eles.

Boun sentiu a garganta seca, mas decidiu falar. "Deve ser algum erro do sistema, tenho certeza...", o loiro tentou aliviar sua consciência.

"Liguei para verificar. A informação se encaixa. O homem que atendeu é na verdade o pai de Fluke Natouch."

"Ah… talvez ele tenha 2 pais? É muito comum hoje em dia e não devemos julgar…", Boun tentava desesperadamente encontrar uma explicação razoável para o porquê de seu colega mentir para eles assim.

"Boun, Fluke foi dado como desaparecido há 3 meses.", Kao continuou contando fatos para ele.

3 meses. O tempo coincidia com a chegada de Fluke à unidade.

"Espera, existe uma maneira fácil de resolver isso. Vamos pesquisar no Google a história que ele nos contou sobre seu pai e...", disse Boun olhando para seu telefone que exibia os resultados de sua pesquisa sobre o caso do assistente que se suicidou após a BKK Records declarar falência.

"Então?", Kao perguntou depois de esperar desconfortavelmente pela resposta do amigo.

"Diz aqui que o Sr. Sripinta deixou esposa e filho para trás. Mas o menino, Pongsatorn Sripinta, logo foi levado para um orfanato depois que sua mãe seguiu o destino de seu marido.", Boun sentiu suas pernas ficarem dormentes.

"Você acha isso…?"

"Kao, olha a foto de família...", Boun virou o telefone para Kao, para que o outro pudesse ver a tela.

O chefe de polícia poderia ter desmaiado ao ver a foto, mas seus anos de experiência e treinamento o ajudaram a se manter de pé.

"Ohm! Precisamos contar a ele agora!", ele olhou para Boun com um tom urgente enquanto os dois corriam para fora da Delegacia.

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