Capítulo oito.

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C. de Manuel de Falla, Madrid – Espanha.

Dia 29 de abril.

Carlos.

Hoje era o dia que finalmente Victória veria me ver. Eu tenho esperado por isso desde o domingo, do GP de Imola, quando eu fui vê-la antes da corrida e lhe dei ingressos para ver a final de La Liga comigo, no Santiago Bernabeu, mas Pierre disse que fui meio bobão em não comprar o ingresso premium e sim o da arquibancada central, no entanto, eu não fazer nada na arquibancada com a Victória que eu precise de privacidade extrema, sem falar que eu amo a minha torcida. Enfim, Victória havia me mandado mensagem que não precisava ser buscada no aeroporto pois ela iria comprar algumas coisas, então apenas passei o endereço da minha casa e a esperei enquanto fazia o jantar na varanda.

Eu usava a churrasqueira para fazer um mini churrasco para dois quando a campainha tocou, me debruço na sacada e vejo aquele anjo loiro parecendo mais um cabide de tanta coisa pendurada.

— Vou abrir pra você, sobe e depois subo suas malas, Kisu! – gritei para ela e a mesma fez um joia para mim.

Continuei virando os ingredientes na churrasqueira e servi dois pratos na mesa de madeira para duas pessoas, peguei um vinho e duas taças. Alguns minutos depois lá estava, 1,63 de puro finlandismo, mercedismo e merengue, se ela soubesse que tirando a Mercedes, ela é perfeita, talvez seu ego destruiria toda Madrid. A garota usava uma calça jeans que a alongava com um top preto e uma camisa do Real, no estilo de baseball, com botões e aberta, branca com listras nos ombros, com um 8 no peito e também nas costas, escrito Kroos.

— Olha ela, toda merengue. – Fui até a mesma, a abraçando e trazendo até a varanda. — Fiz um churrasco pra gente, o que acha?

— Com vinho? – Victória riu e negou, apoiando as mãos no meu peito. — Eu vou uma sangria, isso sim, tem as coisas aqui?

— Tem, mas eu pensei... – Tentei comentar e Victória pós o indicador nos meus lábios.

— Pensou errado, Chilli.

Revirei os olhos e ela se afastou, indo para minha cozinha e tentando descobrir como faz uma sangria.. eu sabia, mas com certeza ela não queria minha ajuda.

Passamos a noite comendo churrasco, ou o que restou dele, jogados no sofá, cada um com sua jarra de sangria, vendo os melhores momentos da série Friends.

A noite foi caindo aos poucos e a preguiça nos consumiu, acabo por abrir o sofá e fazendo o virar uma cama, puxo a coberta reversa da sala e nos aninhamos por ali mesmo.

Dia 30 de abril.

Era dia de JOGO. NO. SANTIAGO. BERNABEU.

— Dá pra você parar de fungar no meu pescoço? – Victória disse, resmungando meio sonolenta e se virou para mim, apoiando seu rosto no meu peito.

— Não, é mais forte que eu.

Vic havia dormido em cima do meu braço, mas nem havia me importado daquela vez, o cheiro do cabelo dela era fresco, uma delícia e seu cheiro era tão bom que eu nem fazia mais questão de tentar desconfiar o que era.

A finlandesa olhou para mim e sorriu, se levantando, coçou os olhos e sorriu.

— Que horas são? – Victória perguntou, passando por cima, tirando as jarras do chão e levando para a cozinha, olhei para o relógio na parede.

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