Capítulo trinta e dois

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Semana 5 de 5, Férias.

CS Ranch – Suíça.

Quinta-feira.

Dominique.

No final das férias, faltava apenas mais 4 dias para voltar o batidão da F1. Meu pai decidiu reunir algumas pessoas que ele gostava e seus conhecidos, então realmente tinha gente demais em casa.

Nomes como Eddie Irvine, Kimi Raikkonen, Carlos Sainz juntos eram surreais, também lá tinha meus sogros, Jean e Pascale, a mãe de Charles e seus irmãos, Laura Torras estava presente pra nossa alegria, além das figurinhas carimbadas; George, Carmen, Nicholas Todt e a esposa e entre outros.

Eu estava na cozinha, tirando as batatas fritas do forno e jogando junto da pilha de batatas prontas enquanto Gina, Carmen e Laura colocava porções em pacotes. Carlos Sainz ensinava o segredo da verdadeira sangria aos meninos e Pierre estava de canto, cantarolando "this is me, de camp rock" com o Cabron, ignorando totalmente a palestra do mais velho sobre a história tradicional da bebida.

— Uma vez eu cortei meu dedo cortando limão pras margueritas. – Eddie pontuou e meu pai soltou um risada inconsciente e logo ficou sério novamente. — Tá rindo do que?

— Não tô rindo de nada, eu hein, que perseguição. – Michael retrucou, rindo da cara do ex companheiro de equipe. — Olha, não era melhor a gente tomar cerveja mesmo? eu tenho barril de cerveja guardados, dá e sobra pra todo mundo.

— Não, que isso, os meninos vão fazer... – Carlos se virou para Pierre e o seu filho, voltando pra Michael. — Ah.. quer ajuda pra trazer os barris?

Os mais velhos se levantaram e sumiram de vista, Victória por outro lado, finalmente deu o ar da graça e eu olhei para o relógio, marcava 11:35.

— Nossa, amiga, acordou cedo hoje... Antes do meio dia, que avanço. – Comentei alto para Victória que pos seus óculos escuros e mostrou o dedo do meio para mim. — Grossa... vou contar tudo pro Eddie.

— Silêncio Dominique, ainda não acordei direito...

Revirei os olhos para Victória e voltei a cortar mais batatas,  a finlandesa foi direto abraçar o namorado que tentava lembrar o final da música, mas não adiantou.

Então meu padrinho, Kimi, se debruçou na bancada, comendo algumas batatas fritas e eu o olhei, esperando o mesmo falar algo.

— Não vai falar nada? – Perguntei e Kimi abriu a boca, mostrando que mastigava as batatas. — Ai, seu porco, vai pra lá.

Kimi riu e se afastou, terminando suas batatas, logo os mais velhos voltaram com os barris de cerveja e eu só ouvi um grito:

— TIO EDDIE??? VOCÊ VEIO!! – E era Victória gritando.

Eddie Irvine era o padrinho de Victória Haikkinen, quem imaginaria? Ninguém, exatamente, mas também ninguém acreditava que ela não conheceu a mãe e que foi criada pelos meus pais, o que faz parecer ser afilhada de Eddie a coisa mais normal da vida dela.

— Borboletinha, como você cresceu... quanto tempo a gente não se vê... – Eddie rodava a afilhada pelo gramado e então eu larguei a cozinha de volta aos comandos da minha mãe e fui ver a cena.

— Não mudou muito desde a ultima vez. – Eu falei e Eddie fingiu medir a mesma.

— Tem razão, ainda mede 67 centímetros.

— Vocês dois são idiotas, sabiam? – Victória perguntou indignada e com as mãos na cintura. — Olha, eu tenho alguém pra te apresentar, Eddie.

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