Capítulo vinte e um

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Race week: Áustria, spielberg.

Sexta-feira.

Pierre.

Eu não tinha boas lembranças da Áustria, péssimas coisas sempre acontecem aqui, mas eu tinha que correr, e pra ser sincero, eu preferia correr mais umas quarenta voltas do que dar de cara com o humor da Victória.

Sai da garagem, indo para o escritório para discutir a estratégia para a qualificação de amanhã, encontrando Victória no caminho, tentei voltar pelo caminho que havia entrando mas era tarde demais, ela me viu.

— Não adianta fugir de mim, eu quero te perguntar uma coisa. – Victória veio até mim, vestida totalmente de preto, me entregando um café. — O que você acha...

— Não acho nada, Victória, eu não tomar partido. – Respondi para Victória que rolou os olhos.

— Não tô perguntando sobre isso, eu sei que está do meu lado.. – Ela insistiu com o café. — Experimenta, por favor

— Eu não posso tomar café, Vic, ordens do Pyry. – Sorri de lado.

Me virei para descer as escadas novamente, segurando meu capacete comigo, quando a mão de Vic veio ao meu braço.

— E ele? – Sua voz saiu lá do fundo, eu apenas neguei. — Nada?

— Eu não vou me meter, mas Carlos provavelmente é alguém com barreiras tão grandes quanto você. – Comentei dando os ombros e descendo as escadas.

Deixei meu capacete em algum canto e finalmente entrei na sala de estratégias, dando de cara com Toto e Jack Wolf ali.

— D-desculpa, sala errada... – tentei sai da sala, mas Susie me puxou para dentro, claro que George estava lá já. — Pensei que era a sala de estratégias.

— E é pequeno gafanhoto. – George comentou. — Mas voltamos aos velhos tempos, com o grande To..

— Menos George, muito menos, quase nada. – Toto comentou, fazendo George se sentar novamente e guardando sua animação. — Eu vim testar Jack como seu engenheiro.

— Meu? – George comentou com um sorriso. — Que honra...

— Do Pierre, George. – Susie comentou, revirando os olhos. — Foi a escolha do Jack.

Me aproximei do rapaz, esticando a mão para o mesmo que apertou firme, Toto jogou um fone para mim e para Jack.

— Espero que eu possa fazer um bom trabalho, Pierre. Talvez você vá sentir falta do fanatismo que seu engenheiro tinha, mas eu sou mais da linha que prefere trabalhar ao invés de cantar vantagem. – Jack comentou e eu sorri, bem aliviado.

— Na verdade, isso é muito bom, sinto falta de mais pessoas assim. – Comentei ao fuzilar George.

— Ata, agora eu tô errado de me gabar por onde eu trabalho...

Charles.

Troquei de roupa e passei o perfume, eu estava pronto para encontrar Maya, minha nova garota. Eu iria buscar ela no aeroporto e trazer ela pro hotel, e finalmente eu ia poder ter uma coisa pra me gabar em cima da Victória.

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