Capítulo quinze.

101 8 2
                                    

Bd. des Moulins com a All des Boulingrins - Mônaco.

Estava terminando de arrumar Jason, penteio seu cabelo num topete viradinho, era como George arrumava Jason geralmente e o mesmo saiu desfilando para todos os paparicar por parecer um modelinho.

Coloquei uma camiseta creme no meu pequeno com um mickey na frente e as costas toda estampada, uma bermuda mais escuras e um par de tênis brancos. Eu por outro lado, usava uma calça de cintura alta jeans, e uma camisa branca com um lado para dentro e outra para fora, calcei sandálias pretas altas e levei a bolsa verde do Jason no ombro.

Pego o meu filho no colo e vou para a sala, me dando de cara com o silêncio, aquilo era horrível para ele; para mim também. A menos de 20 dias, essa sala tinha seus padrinhos, seus avós, Vic e Charles se cutucando como crianças, Jason e Pierre fazendo anarquia no banheiro.

Mas eu tive que afastar todo mundo, eu não sabia do que Max era capaz.

Cheguei ao café que havia marcado com Max, ele já estava lá, me sentei a sua frente e o holandês encarou o meu pequeno por alguns minutos negando algumas vezes. Pediu um café e me oferece algo, mas eu neguei, apenas pedi um suco de laranja para Jason.

— Ele só tem os meus olhos. – Ele comentou, pegando Jason no colo.

— Na verdade os olhos são do meu pai, é a mesma cor, os seus são claros e mais puxado para o verde do que para o azul. – Comentei sem nem perceber, apenas dei os ombros.

O café e o suco foi servido, olhei para trás da garçonete e alguém com o jornal em pé, a frente do rosto se mexia sem parar, não liguei e voltei a atenção  de Max tentando dar suco para Jason no copo e eu revirei os olhos, colocando um canudo no copo.

— Eu sei o que estou fazendo. – Ele raiou.

— Não, você não sabe. Se seu pai te criou como um porco pro abate, não vai criar o Jason assim. – Me irritei e sentei ao lado do Max, arrumando o canudo para Jason, que começou a tomar o suco.

— E você foi criada como uma cavala, se te selarem, você faz até a prova de três tambores. – Ele retruca. — Tá gostoso... Como que é o nome dele mesmo?

— Jason, Max, o nome dele é Jason.

— Tá gostoso, Jason? – Max perguntou para o pequeno que negou. — Tá ruim?

— Tá me apertando, tiooo – Jason disse ao por as mãos no braço de Max para ele aliviar o braço. Revirei os olhos e abri o braço do Max, colocando Jason sentando em sua perna e colocando a mão do Max em sua costinha. — Mais suco!!

Jason esticou as mãos e segurou sozinho o copo de suco, tomando enquanto admirava as pessoas passando.

— Ele tem o corpinho duro, Max, ele não gosta que aperta muito.

— Mas ele vai cair assim, Dominique, ainda mais com esse copo de vidro.

— Não vai, eu sei do que meu filho é capaz. – Respondi, revirando os olhos.

Max tomou tudo o café dele enquanto eu tentava ensinar ele a ser um homem normal com uma criança; ele pagou a conta e ofereceu de irmos ao parquinho perto do cassino.

Além do HorizonteOnde histórias criam vida. Descubra agora