Capítulo dez.

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Race week: Flórida, Miami.

Sexta-feira.

Dominique.

Nós estamos mais uma vez em Miami, não era nem de longe um dos meu GP's favoritos, na verdade, eu achava ele ruim com força, parece que estudaram esse espaço pra fracassar com força.

Os treinos livres haviam passado, eu estava na verdade indo para a conferência de engenheiros que havia sido escolhida dessa vez. Me sentei ao lado do Bono, mas ele parecia estar meio preocupado, não me respondeu quando eu o provoquei, apenas me desejou boa sorte, por outro lado, o engenheiro da RBR me fazia me sentir mal só com seu olhar maldoso, toda aquela equipe parecia que sugava meu ar... como era possível que Pierre e Carlos tivessem saído daquela academia?!

— Vamos começar em 3. – a produtora avisou e sinalizou, e em seguida começou a gravação.

Cruzei as pernas e desliguei o celular, colocando no bolso da jaqueta, esperando minhas perguntas. Estava eu, Bono, RBR, Charlotte da Mclaren e um dos engenheiros da Alpine.

— Aqui, uma pergunta para Dominique Schumacher.  – o comentarista se levantou e eu o encarei. — Com a decisão do Juiz ao dar regime aberto para seu ex marido, você acha que, o campeão de 2021, Max Verstappen, pode tentar pegar a guarda do então Jason Schumacher?

— O que? – gaguejo.

— Max Verstappen provavelmente ira requerer a paternidade do filho, Jason assinaria o sobrenome Verstappen ao sobrenome Schumacher? – Outro comentarista perguntou em cima.

— De onde estão tirando isso, ele está preso... não está?!

— Ele foi solto de manhã, disse ao primeiro jornalista que encontrou que vai procurar seus direitos. Você, como mãe e um dos membros principais da Scuderia Ferrari, pensa em reagir ou já atacar contra qualquer atitude de Max?

— Eu não quero responder. – disse.

— Jason vai para a casa do pai aos finais de semana? – O último comentarista disse antes que eu pudesse me levantar e sair da conferência. 

Corri pelo paddock, sem rumo, mas só quando sai do autódromo, percebi o quão longe eu tinha corrido longe. Peguei o celular e encarei aquele fundo de tela, Jason no colo do Pierre e meus pais fazendo as caretas atrás, me abaixei na grama e apoiei os cotovelos no meu joelho, passei as mãos pelo meu cabelo, puxando e gritando internamente. Abaixei a cabeça, tentando me esconder, mas na tela do meu celular apareceu "Verstappen." Então atendi sem pensar duas vezes.

— Fala o que você quer, Emilian. – falei ao me levantar e andar em vai e vem.

— Quero meu direito de ser pai do MEU filho, sua vadia. Não ache que vai pôr esse imbecil no meu lugar – Ele tinha ódio na voz — Ele é JASON VERSTAPPEN, não Schumacher, VERSTAPPEN.

— Não, ele nunca vai ser Verstappen, e por mim ele nunca conheceria ao pai, o avô, pois vocês são nojentos.

— Mas na hora de estar no pódio, sendo pedida em casamento, eu não era nojento, não é? – meu rosto se encontrava ensopa de lágrimas. — Não adianta chorar, eu vou sim requerer a guarda do meu filho, Dominique.

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