Capítulo vinte e cinco

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Semana 1 de 5, Férias.

Mônaco.

Terça-feira.

Dominique.

Há quem diga que existe outras variações de lar, casa, morada, mas não pra mim, minha casa realmente tem paredes, as minhas coisas, o meu cheiro, e eu gosto dela cheia de pessoas.

Eu estava secando meu cabelo agora, dançado ao som de alguma música eletrônica enquanto Pierre fazia o almoço e Jason ainda dormia.

Fui para cozinha, eu usava minha roupa de academia, tênis de corrida, eu ia treinar agora, mas antes eu ia me encontrar com a família Verstappen.

— Eu vou sair pra correr, Pie, tenho que resolver as coisas sobre a visita que o Max quer fazer, tudo bem pra você? – Perguntei para Pierre, pegando minha garrafa de água da geladeira.

— Tudo bem, Dom, depois tenho que resolver umas coisas, mas é só mais tarde. – Pierre comentou. — Não vai ficar pro almoço?

— Não dá, amor... mas pode acordar o Jay e vocês almoçam juntos vendo o jogo. – Beijei Pierre, passando as unhas pela sua cintura desnuda. — Eu te amo, amor.

— Eu te amo. – Pierre disse, fazendo um carinho em minhas bochechas. — Se cuida, qualquer coisa me liga.

— Não acho que ele vá fazer algo agora.. – suspirei, e Pierre me olhou desconfiado.

— Você acredita demais nas pessoas...

— Talvez esse seja um defeito que eu prefira ter...

Pierre me abraçou novamente e me beijou na testa, me afastei e passei pelo quarto de Jason, entrando para dar um beijo no garotinho que usava um pijama de bob esponja, passei pela sala e peguei o moletom de Pierre com um dez bem grande, também peguei meus óculos escuros e meu richard mille branco, colocando no pulso vazio, no outro havia o smartwatch para controlar meus exercícios.

Saí direto para rua, colocando os fones de ouvido e dando inicio a corrida. Eu usava uma leggin preta, com uma transparência nas laterais, com um tule preto, tênis pretos, de solado branco, e tanto o tenis quanto o top preto eram da Puma. Meu cabelo preso num rabo de cavalo, relicário no pescoço, pulseiras e relógios, a blusa de Pierre amarrada na cintura enquanto eu corria ao som de "Survivor – 2WEI" eu ultrapassava as pessoas pela calçada, carros pelas ruas, eu sentia a adrenalina, eu me sentia viva.

Quando finalmente bati a minha meta de cinco quilômetros, mandei mensagem para Vic, perguntando se a mesma estava disponível pra me responder e a mesma disse que sim, então avisei que estava a caminho.

Passei por um mercado perto da casa dos Verstappen, entrei para pegar uma garrafa de suco, procurei por algo com limão, até uma mão me oferecer uma garrafa de "Lima e Limão" então olhei para o dono da mão e vi Max, tirei os fones e sorri para o mesmo.

— Eu ia comprar pra você, minha mãe comprou vinho e sei que não bebe fora de casa. – Ele comentou e eu concordei, mas mesmo assim peguei a garrafa de sua mão. — Pode deixar que eu pago.

— Não, tudo bem, só eu vou beber isso mesmo.

Entrei na fila atrás de Max, ele usava tênis de corrida, bermuda cinza, e um moletom azul escuro, tinha um 33 laranja neon nas costas e um boné, na sua nuca escorria suor, provavelmente havia corrido também.

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