MustGetOverIt

Capítulo 5

Capítulo novo, como prometido :) . Créditos para melhor escritora que conheço a minha SophieR5er! Pelo capítulo awesome ;) !

A Rachel parecia bastante distante, muito concentrada nos seus próprios pensamentos, olhando para mim e para Daniel alternadamente.
Combinámos encontrar-nos no dia seguinte, para trocar novidades e "fofoquices". Sentia-me muito ansioso, pois já não via a minha melhor amiga há 5 anos... dei por mim a pensar sobre o que faria quando a visse de novo.
Quando finalmente o relógio marcou 16 horas, eu saí de casa e fui-me dirigindo para o Parque da Cidade, onde tinha planeado encontrá-la. O céu estava um pouco encoberto, o que fez com que eu ficasse meio "em baixo".
Logo que lá cheguei, vi a Rachel. Ela sorri, e vem ter comigo.
- Olá, Shane.
- Olá! - digo, soando mais entusiasmado do que pretendia.
Começamos a caminhar, juntos. Estamos de mão dada. Pergunto-lhe como tem passado, ela responde e acrescenta que teve saudades minhas, mas não dando muito a entender que isso seja verdade. Aí, afasto-me uns centímetros dela, um pouco abatido.
- Então... o teu amigo...?
- Ah?! O Daniel?
- Sim...
- Ele é... um amigo.
- Que redundante. Gostas dele? - digo, na brincadeira. Ponho o meu braço à volta do seu ombro (mas sem parecer um pedófilo/ psicopata).
- Hm, não sei...
- Que quer isso dizer?
- Talvez que goste dele mas não saiba. Ou o contrário...
- Ah, é? E o que acontecia se te tirasse essas dúvidas que tens? - continuo na brincadeira, mas desta vez, tenho um objectivo.
- Como pensas que vais fazer isso, hein? - ela ri-se, e olha para mim.
- Podia, sei lá... ver o que acontecia se te beijasse.
- Isso agora... - Rachel parece estar a achar imensa piada, e ao mesmo tempo, está séria. Estas capacidades dela continuam a surpreender-me. Senti a falta destas coisas.
- Tive saudades tuas, Rachel...
- Também tive, Shane. - esboçando um sorriso triste.
E, desta vez, acredito no que ela diz. É nesse momento que tomo a decisão mais irracional, e ao mesmo tempo, incrível de sempre: agarro-lhe novamente a mão e aproximo-me aos poucos. Não sei o que Rachel está a sentir e isso põe-me um pouco nervoso, sentimento que desaparece quando os nossos lábios se tocam, da forma mais inocente e pura, e ao mesmo tempo tão romântica. Sinto-a a sorrir. Esperei por isto tanto tempo.