Capítulo 27

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Minha cabeça doía.

Ontem tive um dia horrível, depois que voltei da casa do Jean eu vi algumas fotos nossas, não só as que tirámos nesse tempinho que ficamos juntos mas as que tirávamos quando éramos apenas amigos e cara.

Como eu não notei isso antes? Eu chorei tanto ontem que além do meu coração o que doía era minha cabeça e isso me dificultou na concentração dos estudos, o exame estava decorrendo nesse exato momento e isso estava me matando porque eu não sabia quase nada, eu estava quase para chorar de desespero, essa merda é difícil.

E eu não posso reprovar.

— Eu desisto.— uma colega falou algo que eu achava que falaria.— Isso está muito difícil eu não vou conseguir resolver.— ela disse indo entregar o exame.

— Eu também desisto.— outro colega disse.— Não vou torturar a minha mente por causa de um exame.

— Sentem-se.— o docente que estava controlando ordenou.— Caramba vocês são difíceis.— ele tirou seus óculos.— Eu vou dar resposta para vocês que conte nota suficiente para passarem.— o povo se animou.— Xiu, silêncio vocês querem ser descobertos?

Eles ficaram quietinhos então o docente passou de carteira em carteira explicando e dando algumas respostas, no final todo mundo "fez bem" e marcaram de pagar ao docente algumas bebidas em agradecimento, ele não recusou e disse que vai falir a gente, eu deixei eles discutindo sobre esse assunto e fui para meu quarto, eu precisava descansar.

— Sayuri.— me virei assim que Mr Erwin me chama.— Como está?— sorrio quando ele pergunta.

Mal.

— Estou bem obrigada Mr. Erwin.— digo.

— Os exames correram bem?— assinto.— Fico feliz, eu sei que você terá bons resultados Sayuri, confio em você.— ele sorri e aperta meu ombro antes de ir, suspiro olhando ele sumir em meu campo de visão.

— Eu também espero bons resultados.— digo e caminho até meu quarto.

Abro a porta do mesmo pronta para ter um fim de tarde de descanso excelente livre de preocupação de teste mas o que vejo são duas pessoas completamente bravas sentadas à minha espera.

— Papai? Mamãe?— olho para os dois de olhos arregalados.

— Sayuri Vickam.— minha mãe é quem diz.— O que venha ser isso?— olho para ela confusa.

— Como assim mãe? O que estão fazendo aqui? — pergunto ao entrar e fecho a porta.

— Como ousa me ir aos exames?— minha mãe fala.

— Mamãe..

— Não vem com mamãe Sayuri.— ela aponta o dedo na minha cara.— Eu disse pra você que está indo para uma faculdade particular, você tem que se dedicar e fazer o máximo de esforço para passar sem ir ao exame.— ela diz, meu pai está apenas sentado observando.

Eu odeio que gritem para mim, principalmente com meus pais.

— Eu me dediquei..— digo baixinho.

— Se tivesse se dedicado não estaria aqui.— ela aponta o dedo na minha cara.— Seu pai e eu não somos ricos estamos pagando muito carro para você estudar aqui Sayuri, você não pode ficar fazendo exames de qualquer maneira.— abaixei a cabeça assentindo.

— Sayuri querida, o que sua mãe quer dizer é que sua única obrigação é estudar.- meu pai diz em um tom calmo.

— Mas.. eu.. estudei.— digo com a voz chorosa.

— Não minta para nós Sayuri.— minha mãe fala.— Eu sei muito bem que tem faltado às aulas e sei também que isso tem acontecido por causa daquele seu namoradinho.— engulo em seco.—  Eu disse que aquele Jaguar sei lá não te levaria a lugar algum mas você nunca me escuta.— berra.

Hold me|| Jean KirsteinOnde histórias criam vida. Descubra agora