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Era malcriada demais, revoltada demais, embora depois caísse em si e pedisse desculpas
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– Quem ela pensa que é para me mandar um poema? – falei irritada andando de um lado a outro no meu quarto

Eu havia saído para o desjejum e não havia encontrado Billie, Isla me avisou que ela havia saído para ir visitar seu irmão. A maior parte do tempo eu fiquei no meu quarto olhando os vestidos e vendo qual eu iria vestir, então cheguei a conclusão que eu iria com um vestido bordô com detalhes em dourado e mangas bufantes com uma calda esplêndida

Antes que eu pudesse escolher o vestido eu havia mandado uma cartinha em resposta para a Duquesa. Eu podia ter sido tratada mal e humilhada, mas eu não vou correr igual um cachorro com os rabos entre as pernas. E de repente eu me via no colégio real mandando cartas para a única colega que eu tinha lá, Juliana. Eras de classes diferentes mas nos conhecíamos da detenção quando eu não fui a modelo da classe e ela havia queimado o livro de história. Como não deixavam eu chegar perto dela, tive que mandar cartas

Juliana e eu havíamos nos visto várias vezes pelo corredor, mas ela mandou a primeira carta, apesar do meu medo respondi. E as coisas foram indo. Depois que voltei nunca mais a vi

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Não pense que esquecerei tão fácil. Você foi uma completa panaca
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Depois desse bilhete não obtive respostas e nem mesmo uma visita. O que eu esperava? Que ela viesse de joelhos me pedir perdão?

– SIM! – falei alto batendo com as mãos na coxa

– Minha senhora? – Valentina abriu a porta exasperada – tudo bem?

Ora, eu falei tão alto?

– estou, claro – bufei deitando na cama – como ela pôde dizer aquelas coisas?

– Minha senhora, Vossa Graça a espera no escritório – Valentina falou com cautela

– era o que me faltava

Me levantei da cama ajeitando a saia do vestido e tentando ficar calma. Saí do quarto indo direto ao cômodo enquanto Valentina vinha atrás de mim.

Ao chegar a porta estava aberta e a Duquesa estava com seu irmão, Finneas sentado no sofá e ela na poltrona em sua frente

– mandou me chamar? – minha voz saiu mais calma do que eu pretendia

– sim – Billie se levantou – bem… eu… não eram minhas intenções te magoar e dizer aquelas palavras, não daquele jeito

– então admite que só queria me arruinar? – levantei as sobrancelhas

– também não era essa minha intenção – sua voz foi desaparecendo à medida que falava

– Lady Catarina…

– não Finneas – eu o interrompi – sabe o que ela me disse? Para eu sair da casa dela e deixar ela em paz, que ela prefere procurar vadias, que eu sou indecisa quando na verdade foi ela que começou – meus olhos começaram a marejar – eu já ouvi muitos insultos, mas esse…

Dei uma risada nasal limpando as lágrimas que escorriam por cima da maquiagem

– eu ouvi – olhei para ela e depois para Finneas que me encarou em dúvida – eu ouvi a noite toda os gemidos de alguma vagabunda vindos do seu quarto, ouvi ela gritar seu nome e a cama batendo…

– Billie – Finneas se levantou encarando a irmã – você trouxe uma prostituta para a casa em que você está? Ainda mais com Catarina aqui?

– aquilo não era nada – seu tom de voz saiu duro

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