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𝔍𝔬𝔯𝔫𝔞𝔩 ℭ𝔞𝔯𝔭𝔢 𝔇𝔦𝔢𝔪         03 de Abril de 1816

O casamento de Lady Laura, agora atual Duquesa de Balamore foi palco de um ato aterrorizante feito pelo próprio pai, Vossa Graça, Filipe Soares. Segundo algumas testemunhas no local, Filipe havia espancado a filha, Lady Catarina atual noiva da Duquesa de Costello, com socos e tapas na frente de todos presentes alegando que ela estava possuída pelo demônio e que aquela não era sua filha, tudo por que ele provavelmente não aceita o casamento dela com a Duquesa de Costello, Billie Eilish O'Connell.

Antes disso parece que o duque de Alba maltratava a jovem constantemente em sua residência e no internato onde a jovem estudou, mesmo quando criança. Algumas fontes nos contaram o horror que era conviver com o duque

Parece que o Duque não é mais um sonho de pai, não é verdade?

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≪❈UMA SEMANA DEPOIS❈≫

Ninguém imaginaria que ele seria capaz disso, aqueles sorrisos falsos, o carinho que eu só recebia quando estávamos em público, todos pensavam que fôssemos a família perfeita que tinha tudo sobre controle e comandava a cidade. Mas a realidade era bem mais triste e dolorida do que todos imaginavam. Foi ideia de Billie expor o horror que meu pai era, quer dizer, que Filipe Soares era. Ele nunca foi meu pai de verdade

‒ com uma notícia dessas, ninguém vai parar de falar nele por menos de um mês ‒ Valentina disse enquanto arrumava meu cabelo ‒ de onde arranjou tanta coragem?

‒ bem ‒ sorri ‒ alguém tinha que parar ele. Já estava ficando fora de controle

‒ vai para o baile de Lady Restoom? ‒ Valentina borrifa o meu perfume preferido

‒ acho que sim

Então o silêncio. Desde o acontecido eu não me sentia bem, de vez em quando eu me pegava pensando se por um caso, por uma sorte, se eu tivesse tido esse filho, como seria que Billie reagiria se eu tivesse descoberto antes? Ela iria se casar comigo ainda? Teria me largado ao léu? São perguntas que não serão respondidas

‒ são nove e trinta ‒ Billie entra no quarto ‒ vamos ter que ir agora se quiser pegar o sol da manhã

‒ claro ‒ disse sorrindo

Terminei de me arrumar rapidamente e saí

Eu estava com um braço ao redor do seu enquanto o outro segurava uma sombrinha pastel para o sol. O sol da manhã estava mais frio que o normal já que o outono se fazia presente, ainda mais nas árvores. Caminhamos por alguns metros em silêncio até entrarmos em uma doceria

- quer alguma coisa? - Billie perguntou enquanto passávamos pela vitrine

- não tenho vontade - sorri docemente

‒ minha lady, tudo bem? ‒ ela me olhou preocupada

‒ não ‒ fui sincera. Olhei para a cabine que ficava alguns doces ‒ vou querer um brigadeiro

Billie foi para o caixa enquanto eu fui me sentar em uma mesinha que ficava dentro da doceria. Minutos depois ela voltou com o brigadeiro em uma mão e na outra jazia alguns macarons. Ela se sentou na minha frente e me entregou o brigadeiro e os cinco macarons que estava em um pratinho desenhado de porcelana

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