Era quase uma hora da tarde quando chegamos na casa de Maggie, ela estava parada na porta com os cabelos ruivos meio soltos e um vestido verde simples com um avental meio sujo. A carruagem parou na frente e nós duas descemos, primeiro Billie, depois eu. Maggie parecia bem melhor do que eu imaginava, a gripe normalmente mata a pessoa, não a deixa mais bonita
– mamãe - Billie abraçou Maggie com força - não sabe o quanto é bom estar aqui
- estou feliz que finalmente tenha vindo me visitar sem que eu esteja doente - Maggie me encara - Catarina
Ela veio até mim me dando um abraço apertado e um carinho nas costas, Maggie nos separou me encarando de cima para baixo com um sorriso no rosto e lágrimas nos olhos
– nunca pensei que teria a sorte de ver minha filha se casar com a mulher mais linda desse mundo – ela passou seu braço pela minha costa agarrando meu braço – vamos entrar, preparei um almoço maravilhoso
– senhora, onde colocaremos suas malas? – Isla perguntou um pouco atrás de nós
– CAAAAAARLOS – Maggie grita
Um homem com seus sessenta anos, alto, corpo musculoso e careca aparece correndo. Ele vestia uma calça de linho e uma túnica branca meio desamarrada, seus sapatos não eram tão velhos, mas não eram nada novos. Ele parecia estar feliz apesar de estar tentando recuperar o fôlego com ligadas rápidas de ar
– sim minha senhora – ele endireitou a postura – ajude a aia de minhas filhas a achar os devidos quartos, tudo bem?
– pode deixar comigo – ele sorriu
Carlos tinha uma voz grossa, um bigode arrumado e um carisma contagiante, suas roupas simples e seu jeito o denunciavam, ele provavelmente era algum professor, talvez de ciências ou astrologia, eu até arriscaria dizer que ele ensina antropologia. O homem pegou algumas malas no ombro e Isla pegava outras com a ajuda do cocheiro. De primeiro eu percebi as bochechas de Isla rosarem assim que ele chegou perto, mas ignorei esse fato
Eu e Maggie entramos primeiro na casa, seguida de Billie. Minha sogra começou a me mostrar toda a casa, depois a vinhedo. Grandes plantações de uvas. Seguimos por uma das vielas enquanto Maggie me explicava tudo sobre, Billie ficava nos seguindo toda emburrada reclamando que sua mãe estava tomando muito meu tempo, eu sempre dizia que não era verdade, aliás, aquela conversa estava interessante
Maggie me disse que quando Billie era pequena elas viajaram para o Brasil e ficaram nessa mesma fazenda, Billie atentava seu irmão com pegadinhas envolvendo cobra, já que Finneas tem medo delas.
Era estranho fazer parte de uma família, acolhedor, é a palavra certa. Eu estava ali com minha noiva, minha sogra e grávida de um filho que eu sequer sabia que era possível ter, minha vida estava perfeita, perfeita até demais. Calos terminou de colocar as malas no quarto certo e veio logo atrás de Maggie para perguntar se tinha alguma coisa a mais para que ele pudesse fazer, Maggie negou e ele avisou que iria cavalgar
Billie sumiu por um instante e logo reapareceu com alguns papéis em mãos
– minha mãe, acha que dá para fazer um casamento em alguns dias? – Billie perguntou cautelosa
– bem... – Maggie ficou sem ação – dá sim, mas não seria grande coisa
– não precisa – Billie sorriu animada – só precisamos do padre e da família
– o padre está sempre na capela – Maggie avisou – mas não sei se o vaticano iria liberar assim, em cima da hora
– o vaticano não precisa saber – Billie sorri maliciosamente
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&Burn |G!P|
FanfictionBrasil 1816. Billie Eilish, a fria duquesa de Costello, se muda para o Brasil alguns anos após a morte de seu pai, o ex duque, com sua família. Rica, solteira e bonita, ela é a dama perfeita para ter um casamento, se não fosse pelo seu gosto de excê...