Para Jungkook a vida só existia porque tinha um serzinho que ainda o mantinha. Para Jimin a vida já não lhe servia de nada, e o que restava era somente sobreviver.
Isso até conhecer o alfa qual foi obrigado a se casar.
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— papai, Jimin! — Kanai pulou em seu colo assim que ele se sentou diante da mesa.
— você está mais cheiroso de que quando apareceu em meu quarto. Por acaso acabou com o vidro todo de perfume? — riu acariciando os fios finos de seu cabelo, Kanai gemeu dengoso pelo carinho na mesma hora.
— só metade.... — ele respondeu preguiçosamente.
— você deveria começar a chamar Jimin de omma, facilitaria minha vida com confusão até a cabeça — jungkook disse bebendo um pouco de seu suco.
— hum..... Realmente — ele olhou jimin com aqueles olhinhos fofos — de papai pra omma?
— de papai pra omma — jimin confirmou, beijando a testa do mais novo.
— Buongiorno — Aurora apareceu com uma roupa mais simples, mas que ainda valorizava bem seu corpo.
— bom dia — jungkook respondeu.
— bom dia tia Aurora — Kanai se sentou ao lado de jimin.
— bom dia.... — o ômega disse educadamente. Se não tivesse ouvido eles falarem bom dia nunca saberia que aquilo era um cumprimento.
— jungkook, aconteceu algumas coisas no-
— na mesa não, Aurora! — seu timbre intensificou, e aquilo causou um silêncio e um terrível ambiente.
— certo.... — ela suspirou — só quero dizer uma última coisa antes que me mande ir para o caralho. É grave.
— da pra esperar, mas se você está tão apressada vá para o escritório sem comer e me espere lá.
— certo! — ela largou os talheres com tudo na mesa irritada.
— jungkook...
— me chame de querido — ele aproximou seu rostos e jimin virou uma pimenta humana na mesma hora.
— querido....
— isso... Fica tão sexy saindo de sua boca — ele sussurrou baixinho para que Kanai não escutasse.
— aish! Não diga isso aqui....
— o que vocês estão cochichando aí?? — ele perguntou com os olhinhos de gato fechados, deixando só um brechinha para fazer uma cara muito fofa de quem estava suspeitando de alguma coisa.
Jimin não aguentou e riu, e Jungkook se encantou com aquele sorriso. Jimin ria dificilmente, e entendia, já que depois de tudo que ele passou nada seria fácil.
Apesar que estava fácil até aquele momento mostrar coisas novas para jimin e fazê-lo perceber que nem todos são cruéis como os do lugar que veio.
Só que sentia que uma tempestade estaria para vir não tão longe.
— a curiosidade matou o gato — jungkook disse todo cheio da graça.
— matou a maturidade também — Kanai rebateu.
— ótimo. Eu não estava curioso mesmo — ele rebateu.
— omma! — jimin estava entre os dois e ainda assim estava dando uma confusão daquela.
— sem chorar.... — provocou.
— eu não estou chorando!
— Kanai, perdoe seu pai. Ele é um homem cheio de trabalho, isso é estressante, então não ligue muito pra isso. Me dar um abraço gostoso, me dá — o menino o abraçou rapidamente, não deixando de olhar para seu pai, em uma pura provocação por estar nos braços do marido de seu pai. Era muito satisfatório dar a impressão de estar roubando algo de alguém.
Aquele pirralho tinha uma mente maquiavélica. Só que jimin não precisava saber daquilo.
— Kanai, vá estudar!
— eu nem comi ainda!
— quantas atividade você tem pra fazer mesmo? — jungkook perguntou e Kanai o olhou com raiva.
— 10, pai.
— adicione mais seis.
— Mai! Mi rifiuto di farlo, hai sentito!? ( Nunca eu me nego a fazer isso, ouviu?! )
— mais 10 então?
— ah! — os olhos de gato brilharam intensamente, assim como as presas ainda pequenas surgiram entre os dentes.
— querido, o que você está fazendo?
— estou apenas brincando. Mas uma criança não sabe diferenciar isso — jungkook riu e Kanai se acalmou suspirando e finalmente ficando na sua.
— só faça as 10 Kanai — o lúpus disse empurrando o prato cheio de frutas na direção dele. Sabia que ele era apaixonado em todas aquelas frutas e que o perdoaria.
Jungkook podia ser bem brigão com seu filho. Mas o amava acima de tudo e isso nunca negaria.
