• capítulo vinte e dois

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De longe eu podia avistar a beleza de Angra dos Reis. Que cidade maravilhosa. Rodrigo e eu chegamos depois de algumas horas de viagem de carro, e fomos direto para a casa que eu tinha alugado.

O lugar ficava numa espécie de chácara. Assim que chegamos no grande portão branco, me identifiquei para o segurança e entramos com o carro. Passamos pelo extenso jardim e finalmente chegamos na casa.

Um ambiente verde, clean e bem praiano. Tudo que eu gosto. A parte de fora continha duas redes, alguns pufs e espreguiçadeiras que ficavam perto da grande piscina.

Assim que abrimos a porta, pude ver que o lugar era muito mais bonito do que nas fotos. Decoração praiana, aconchegante e muito romântica. Perfeita pro nosso final de semana aqui.

— Amor, tem vários quartos lá em cima... escolhi o maior, ok? — Assenti dando um selinho em seus lábios. — Vou pegar o restante das coisas no carro.

— Já sabe que não é pra pegar peso, né? — Rodrigo me imitou e saiu rindo da sala de estar. — Tô falando sério! — Gritei.

Por mais uma vez, meu namorado estava com desgaste físico. Rodrigo só foi autorizado a viajar por estar com uma fisioterapeuta em sua companhia, e não é preciso dizer que sua médica odiou a ideia. Não por ele viajar, mas sim porque era comigo.

Eloane ainda não tinha superado o fato de Rodrigo ter dispensado sua filha Sofia. Ela me odiava exclusivamente por isso, e fazia questão de desvalidar todas as minhas sugestões e opiniões quando se tratava da saúde do nosso atleta.

Mesmo não tendo assumido nada publicamente, era notável nosso envolvimento e isso incomodava algumas pessoas, mas ninguém com quem eu me importasse de verdade.

Olhei pela janela e vi Rodrigo manobrando o carro para entrar na garagem. Saí pra fora na intenção de ajudá-lo a pegar nossas coisas, afinal, quanto mais rápido nos acomodássemos, mais rápido poderíamos dar início aos nossos planos.

(...)

Depois de tudo organizado e acomodado no nosso quarto, Rodrigo e eu decidimos passar o final da tarde na praia. Fiz uma bolsa básica para levarmos, e em 15 minutos eu estava pronta. O caminho até lá foi curto.

A princípio haviam pouquíssimas pessoas por lá, o que fez com que nos ficássemos mais à vontade. Estendi uma canga pra tomar sol, enquanto o zagueiro estava a procura de uma barraquinha pra comprar algo pra comermos. Assisti aquele monumento de homem andando apenas de sunga pela areia com dois copos de açaí vindo em minha direção.

Abaixei os óculos de sol e me ajeitei na canga pra observá-lo. Ele me lançou un sorriso safado, como podia ser tão gato? O sol batia em sua pele branca e eu sabia que isso causaria um bronze de tirar o fôlego. O corpo atlético, o rosto lindo, o cabelo cortado e a barba perfeita. O que será que me atraía mais nesse homem?

Assim como eu, outras pessoas apreciavam a vista. Olhando em volta, era perceptível os olhares que eram lançados pra ele. Algumas mulheres o acompanharam com os olhos até que viram ele se sentar ao meu lado.

— Acho que estão me reconhecendo... O pessoal não para de me olhar. — Ele comentou enquanto me entregava o açaí.

— Se você visse como está, entenderia os olhares.

— Como eu estou? — Se fez de sonso, como sempre.

— Não se faça de sonso, Caio. — Ele riu. — Agora desamarra meu biquíni pra eu tomar sol? — Fez uma cara de espanto.

— Você vai tirar biquíni, bê? Mas tem um monte homem aqui...

— Não, né! Só pra não marcar minhas costas. Eu não vou ficar pelada, amor. — O brilho voltou em seu rosto e eu ri. Palhaço.

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⏰ Última atualização: May 08, 2022 ⏰

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intensité | rodrigo caio.Onde histórias criam vida. Descubra agora