• capítulo quatorze

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Uma semana se passou do dia do meu encontro com Bruninho, e desde então estamos bem próximos. Ele me buscou em casa e me levou a um dos melhores restaurantes italianos do Rio. Fiquei encantada pela forma com que ele me tratou, e a noite foi repleta de risadas e conversas muito legais.

Bruno compartilhou diversas histórias de sua carreira e tivemos bastante troca de experiências. O assunto nunca morria. A comida estava deliciosa e o jogador decidiu que pagaria tudo sozinho, mesmo eu insistindo para rachar a conta.

No final da noite, caminhamos um pouco pela orla da praia e depois seguimos para a casa do levantador. Rolaram alguns beijos, mas eu não consegui chegar aos finalmentes com o loiro. Minha mente traiçoeira insistia em pensar no zagueiro mais insuportável do Flamengo.

No fim, Bruno super entendeu e me levou pra casa. O episódio no apê de Rodrigo tinha me afetado um pouco, e o fato dele me ligar se explicando, mais ainda. Disse pra ele que não me devia satisfações, mas no fundo eu estava contente por Rodrigo ter dito que eles nem tinham mais contato e que não rolou nada. Eu só não sabia se acreditava.

Por falar nele, o dia da ligação foi o último em que conversamos normalmente. Na quinta, quando ele veio ao ninho para a sessão de fisioterapia, acabamos tendo uma discussão e desde então nós conversamos apenas o necessário.

A discussão teve Bruno e Sofia como motivo, nós dois trocamos farpas e fizemos afirmações sem nenhuma certeza. No fim, Rodrigo disse que eu vivia correndo dele, mas bastou o jogador de vôlei me chamar para um encontro que eu aceitei de primeira. E que eu se eu não o queria mais, que fosse sincera e parasse de fugir com sempre faço.

Sem pestanejar, eu joguei na cara dele sobre Sofia estar esperando por ele na porta do seu apê, e sobre ela pular igual a uma rã no colo dele. Finalizei dizendo que eu era um escudo do Vasco se eles não tivessem transado naquela noite.

A discussão seguiu por alguns minutos e foi finalizada comigo batendo a porta na cara dele. Depois disso, fui tomar um café da tarde com tia Edlene, que por sinal tinha ficado sabendo de tudo o que rolou entre mim e o filho nesses dias.

A mulher amou saber do nosso envolvimento, e dizia a cada dois minutos que amaria me ter de nora. E eu respondia que nunca conseguia pensar no Rodrigo namorando, pois ele nunca gostou de compromisso. Um homem de várias mulheres.

Mas, se existia alguma chance, acho que ela acabou depois da nossa discussão. Rodrigo nem me olhava nos olhos, e eu que não iria correr atrás dele. Nosso distanciamento resultou na minha aproximação com Bruno.

A minha sorte era que o tratamento estava indo bem, tanto, que se continuasse assim, Rodrigo podia jogar a final do carioca que era quase certa pro Flamengo. Ele é sempre muito esforçado nas recuperações e não dá nenhum trabalho relacionado a repouso, então essa primeira semana e meia foi muito significativa pra ele.

(...)

Estávamos reunidos na sala pra assistir nossos meninos jogarem. O Flamengo estava no Equador pra jogar contra o LDU Quito pela terceira rodada da libertadores. O time estava com alguns desfalques, dentre eles Rodrigo, que como eu tinha ficado no Brasil por conta do tratamento.

Por isso, nos reunimos todos na casa da Marília para ver o jogo dessa noite. Estava sentada ao lado de Bruna, que tremia de nervoso por Pedro. Os dois estavam super próximos nos últimos tempos, tanto que ela o acompanhava em todos os jogos e comemorações.

Yasmin ainda mantinha contato conosco e até conheceu Bruna em um dos jogos no Maracanã. Milagrosamente, as duas até que se gostaram, mas com o dilema de Bruna, cada uma no seu quadrado.

Bruninho também veio pra assistir o jogo. Os meus amigos já conheciam ele, então a interação rolou fácil. Não posso dizer o mesmo de todos, já que desde que chegou ele e Rodrigo trocaram apenas um boa noite.

intensité | rodrigo caio.Onde histórias criam vida. Descubra agora