Sentia-me um clichê ambulante vestida com aquela camiseta de Luke. Ela ficava enorme em mim, chegando até a metade das minhas coxas e cobrindo minha roupa íntima. Minha vestimenta era totalmente previsível depois de finalmente ter convencido Luke a me levar para o quarto para uma transa descente e de um cochilo rápido. Havia programado meu celular para despertar depois de uma hora e, quando me levantei, procurei a roupa jogada no chão, mas decidi que assim ficaria mais confortável.
Pelo menos não era um clichê completo já que estava de sandálias baixas e não descalça.
Precisava de um banho, mas queria bater a massa do bolo novo e colocá-lo naquele forno idiota antes de fazer isso. Não sabia quando minhas crianças apareceriam em busca da sobremesa favorita. E eles conseguiam ser bem irritantes quando estavam com fome.
Fechei a tampa do forno e deixei os ingredientes para a cobertura sobre a ilha antes de correr de volta para o quarto. Peguei outro short e uma camiseta — minha dessa vez — nova antes de ir para o chuveiro. Luke, ainda esparramado pela cama, nem se mexeu quando deixei o banheiro. Dormindo como uma pedra.
Franzi o cenho. Teria que acordá-lo assim que terminasse de preparar a calda de chocolate para o bolo. Meu namorado precisava voltar ao fuso horário australiano e isso seria impossível se trocasse o dia pela noite. Sacudi a cabeça e fui para a cozinha.
Estava em frente ao fogão, olhando para panela e mexendo a colher quando ouvi o barulho de passos atrás de mim. Virei a cabeça e me deparei com a cena fofíssima de Luke, descalço e só de calças jeans, caminhando vagarosamente enquanto coçava os olhos para expulsar o sono.
- Amor, por que você se levantou? — resmungou. - É cedo ainda.
Olhei para o relógio na parede. Cinco horas da tarde.
- Não é cedo, amor. Já estamos no final da tarde.
- Estou me sentindo no meio da madrugada — sentou-se na bancada ao lado da ilha e apoiou o cotovelo sobre ela e o queixo na mão.
Fiquei meio de lado do fogão, dividindo minha atenção entre o que estava cozinhando e meu namorado quase cochilando no meio da cozinha. Cada vez que suas pálpebras pesavam, eu chamava seu nome.
- Que saco, Lexi! Pare com isso! Eu tô cansando.
E lá estava sua versão rabugenta. Era só ficar com sono e começavam os resmungos.
- Por que levantou da cama, então? Iria te deixar dormir enquanto terminava isso aqui — usei a colher para apontar em direção à panela.
- Por que estava frio! Você não estava lá.
Rabugento, mas adorável. Um paradoxo.
Mordi um sorrisinho.
- Levantei para fazer o bolo, lembra? Luke, Luke!
- Oi! — abriu os olhos em um estalo. — Que foi? Me acordou de novo, Lexi? — juntou os lábios em um biquinho.
Certifiquei-me de que a calda estava pronta e desliguei o fogo. Ainda com a colher na mão, dei os passos necessários para ficar ao seu lado.
- Não adianta ficar bravo comigo, amor — usei a mão livre para jogar seu topete para cima. - Você sabe que não pode ficar dormindo agora senão vai passar a noite em claro.
- Mas eu quero dormir.
- Eu sei, Luke. Já que nós vamos dormir. Você sabe que assim é melhor. Sua mãe vem amanhã e você quer estar bem disposto para conversar com ela, não é mesmo? Não quer ficar parecendo um zumbi.
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See the same sunrise
FanficAlexis Duquesne nunca pensou que conheceria seu futuro namorado do jeito... embaraçoso que conheceu. Bom, mas ela também nunca esperou que esse cara fosse um dos jovens mais famosos da Terra e que, junto com ele, viessem seus três melhores amigos, i...