Feridas Cicatrizadas

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                   Atenção!
Este capítulo contém conteúdo mais dezoito

  Uma semana se passou e Kaoru continuava estranho.
  Quando Kojiro o tocava, Kaoru sempre parecia um pouco desconfortável, desviando de alguns beijos, afastando discretamente sua mão, evitando seus sussurros confidenciais…
  Kojiro não sabia qual era o motivo exato para tal atitude, mas tinha uma suspeita.
  Os dois estavam jantando na casa de Kojiro, as crianças não estavam e Kaoru continuava a dar respostas curtas a todos os tópicos para conversas que Kojiro trazia à mesa.  

  — Eu lavo a louça, pode deixar, vai descansar — Kojiro dispensou e o mais baixo aceitou sem insistir muito.

  Durante a lavagem, Kojiro suspirou, pensativo.
  Teria sido por conta de tudo que havia acontecido com Anna?

  Provavelmente, ele pensou.

  Os últimos acontecimentos não haviam afetado apenas ele, afinal. 
  Ao acabar, Kojiro voltou para a sala, mas chegando lá, não encontrou Kaoru.
  Resolveu ir para o quarto, porém, antes que pudesse entrar, ouviu algo. Era um som estranho, abafado, manhoso…
  Kojiro aproximou o olho da fechadura, sem abrir a porta.
  Por aquele pequeno espaço, viu Kaoru de relance. Parecia que ele estava com uma camiseta sua, cheirando-a, pelo oque parecia, de olhos fechados… mas era estranho, ele estava fazendo algo que Kojiro não conseguia ver direito. Girando a maçaneta sem emitir ruído algum, o mais alto colocou o rosto por uma fresta.

  Kaoru estava cheirando sua camiseta enquanto… se masturbava?!

  Imediatamente Kojiro pode sentir uma ereção crescer em sua calça de alfaiataria junto de uma irritação lancinante.

   Kaoru estava o evitando por uma semana inteira só para usar uma camiseta dele como seu substituto?!

  O mais alto abriu a porta de supetão, fazendo-a bater na parede, e Kaoru pulou da cama de susto, corando dos pés a cabeça assim que notou que foi pego.

  — Kojiro, não é o que você está pensando…

  — Ah é? Mas eu não quero saber disso agora. 

  Kojiro se aproximou de Kaoru e segurou seus pulsos, o prensando contra a cama e dando um beijo profundo, que Kaoru finalmente retribuiu com igual prazer após tantos dias. 

  — Me conte oque está acontecendo de errado, Kaoru, por favor. Se não, eu vou ficar louco.

  — Kojiro… — o mais baixo fechou os olhos, franzindo as sobrancelhas — Me desculpe, é que… depois que a Anna apareceu, eu me dei conta de como você tem tantas opções melhores do que eu e eu pensei que te ignorando, logo você desistiria da nossa relação, mas eu… — ele soluçou — Eu não consigo, eu sinto muito. Toda vez que penso em te perder parece que meu coração vai quebrar. Eu sou egoísta demais para te deixar ir, Kojiro… sinto muito.

  — Kaoru — o semblante de Kojiro ficou melancólico — Eu não tenho opções melhores… porque quem eu sempre amei, amo e vou amar, é você — Kojiro deu um beijo na bochecha chorosa do mais baixo — Se você acha isso só porque ela é mulher, está muito enganado, pois nenhum sentimento por outra mulher ou homem poderia superar o que sinto por você, mi mezzo — ele deu outro beijo, agora nos lábios — Você não é egoísta, porque se me deixasse, eu viveria na desgraça o resto da minha vida. Por isso, eu imploro, Kaoru, nunca mais pense em me deixar.

  Kaoru balançou a cabeça em afirmativa, e, num ato rápido, juntou seus lábios num beijo profundo, cheio de alívio e com o gosto salgado de suas lágrimas.
  Descendo as mãos de seus pulsos, Kojiro lentamente passou elas pelos os braços de Kaoru e levou-as até seu tronco, acariciando a pele por baixo da blusa de Kaoru. 

  — Kaoru — ele sussurrou, com a boca colada no ouvido do mais baixo, deixando um beijo no lóbulo — Podemos?

  — Sim — Kaoru arfou — Por favor. 

  Kojiro pegou o lubrificante na gaveta, despejando em três dedos e esperou Kaoru se livrar da calça, para, então, enserir o indicador em sua entrada, bem lentamente. 
  O mais baixo mordeu o labio, segurando um gemido abafado. 

  — Ah, assim — Kaoru gemeu, virando de barriga para baixo na cama e erguendo a cintura — Vamos fazer assim. 

  Kojiro logo introduziu o segundo dedo, e, depois de alguns segundos, o terceiro. Tirava e colocava-os de vagar, os abrindo de lado e acariciando a próstata enquanto Kaoru mordia a fronha do travesseiro. 

  — Está pronto? — perguntou Kojiro, sentindo a dolorosa ereção ainda dar sinal de vida em sua calça. 

  — Sim — confirmou o outro, ofegante. 

  Kojiro abriu o zíper, fazendo o pênis pular totalmente em pé, pulsando. Kaoru olhou para trás brevemente, sentindo o desejo de ter tudo aquilo dentro de si.

  — Vou entrar.

  Kaoru não disse nada, apenas deixou aquilo o preencher, fazendo-o seu estômago ficar quente e pré gozo pingar de seu membro. 
  O mais alto sentiu a entrada de Kaoru o apertar, fazendo seu pênis pulsar lá dentro. 
  Kojiro apertou sua bunda com a mão grande, fazendo o mais baixo gemer abafado. 
  Logo, o mais alto começou a se mexer, tirando todo o membro para colocá-lo novamente, lentamente e fundo. 

  — Ah, sim… mais rápido, Kojiro — implorou Kaoru, com uma voz manhosa. 

  — Como desejar, mi mezzo.

  Kojiro colocou a mão livre no tronco de Kaoru, o puxando para si, deixando as costas do mais baixo colada contra seu peito. 
  Mexendo o quadril, deu uma estocada rápida, tirando apenas metade do pênis dessa vez.
  Kaoru gemeu alto, agora sem nada para conter o som. 
  Kojiro estocou mais vezes, indo rápido e com força. Descendo a mão, a posicionou na barriga de Kaoru, sentindo seu membro criar um leve relevo ali. 
  Kaoru deu um grito sufocado, sentindo prazer no toque. 
  Kojiro sorriu, acariciando aquele local enquanto tirava e colocava o pênis na entrada no mais baixo. 

  — Kojiro, sim! E-eu vou gozar. 

  — Sim, pode gozar. 

  Com a mão que não acariciava a barriga de Kaoru, Kojiro levou até membro do mais baixo, o masturbando até que gozasse. 
  Kojiro veio logo depois, estocando mais uma vez antes de se desfazer dentro de Kaoru.
  O mais baixo caiu de volta na cama, exausto. Kojiro o virou para si, enlaçando sua cintura e beijando seus lábios. 

  — Eu te amo. Por favor, não me deixe. 

  Kaoru deu um sorriso choroso. 

  — Eu não vou. Desculpe por pensar em fazer isso. 

  Kojiro deitou com cuidado no peito de Kaoru, ouvindo as batidas aceleradas de seu coração. 

  — Fique. Se não, não poderei te pedir em casamento. 

  — Isso é um pedido?

  — Hum… — Kaoru pôde sentir o mais alto abrir um sorriso — No futuro, quem sabe? 

Eu, Você e os Nossos FilhosOnde histórias criam vida. Descubra agora