Eu, Você e os Nossos Filhos

Capítulo Extra: Estabilização de Dominância

                     Atenção!
Esse capítulo contém cenas de sexo explícito!

  Kojiro destrancou a porta do apartamento e entrou no hall com o estresse pesando nos ombros. 

  Tirou os sapatos com os próprios pés e os colocou no devido lugar. Logo também se livrou da jaqueta, a pendurando no cabideiro ao lado das outras peças de roupa que enchiam o móvel. 

  Esfregando o pescoço, Kojiro adentrou a sala. 

  — Bem vindo — Kaoru o cumprimentou da cozinha integrada, onde fazia chá matcha.

  Enquanto Kaoru colocava chá em duas xícaras, Kojiro se sentou no sofá, afrouxou a gravata e abriu dois botões da camiseta branca. 

  Kaoru entregou a xícara rosa para Kojiro e ficou com a verde, então se sentou também, onde ganhou um beijo delicado nos lábios do mais alto. 

  Era o dia de folga de Kaoru, por isso usava o suéter de Kojiro, que ficava folgado em seu corpo esguio, calça legging escura e meias felpudas de cereja — que havia ganhado de presente de Reki no natal passado. O cabelo estava preso numa trança longa e folgada. 

  — Dia duro no trabalho? — perguntou o mais baixo, fazendo um leve carinho nos fios curtos da nuca de Kojiro. 

  — E como — suspirou ele, apreciando o gesto — Um senhor começou a fazer um escândalo, falando que a comida estava horrível e que nós tínhamos que devolver o dinheiro dele. Não tinha nada de errado com a comida, claro, e ele nem tinha pagado nada ainda — Kojiro colocou a mão grande na coxa de Kaoru, subindo e descendo num gesto sem malícia, apenas uma carícia íntima — O cara estava completamente bêbado, como consegui notar depois de alguns minutos de discussão. Eu não queria chamar a polícia, mas ele ficou agressivo. Acabou que ele saiu sendo praticamente arrastado pelos policiais enquanto fazia o maior escândalo, parecia um show de horrores. Muitos clientes até foram embora depois disso. 

  — Sinto muito, meu bem — Kaoru deixou a xícara sobre a mesa de canto e se aconchegou no colo do mais alto, se sentando de frente para ele — Nem imagino o quão estressante deve ter sido para você — colocou as mãos no rosto de Kojiro, que fechou os olhos e deu um beijo em sua palma. 

  — Mais estressante que isso, só criar duas crianças — disse, enlaçando a cintura fina de Kaoru, fazendo os corpos ficarem colados.

  — Sorte que as tais crianças não estão aqui. 

  Kaoru agradeceu mentalmente por Reki ter decidido dormir na casa de Langa no mesmo dia que Miya foi passar alguns dias na casa dos avós. 

  Um dia sozinhos era tudo que os dois precisavam e queriam. 

  — Muita sorte — Kojiro sorriu ladino, malicioso. 

  Os dois juntaram as bocas num beijo lento e despreocupado. Bem diferente de quando as crianças estavam em casa, quando transavam rápido e silenciosamente, um ato desesperado.

  Um som estranho do apartamento de cima tirou a concentração de Kaoru, que parou o beijo de repente. 

  — Que barulho é esse? — foi Kojiro que verbalizou o pensamento de ambos. 

  O casal parou, ficando bem quietos, para tentar identificar o som. Parecia o som de uma janela, como se alguém estivesse limpando vidro…

  Kaoru ficou levemente vermelho quando percebeu do que se tratava.

  Kojiro riu nasalmente. 

  — Parece que o casal de cima também está se divertindo — Kojiro brincou.