_ Que porra..._ eu acordei quando Alec se moveu no sofá e eu, que estava deitado sobre ele, quase caí. Ele pareceu assustado e eu me levantei, ainda tonto. _ Que merda você está fazendo aqui? _ ele rosnou e eu não estava entendendo nada.
Me sentei na borda do sofá e comecei a remexer no amontoado de roupas, em busca da minha boxer. _ Saia daqui... _ ele se levantou, passando as mãos pelos cabelos bagunçados, nu, perfeito, incrível, lindo. _ Saia... eu disse para sair... _ eu não saberia dizer se ele estava puto, apavorado ou só de ressaca.
_ Eu preciso me vestir para sair... ou quer que eu desfile nu pela casa?_ respondi rispidamente, com um tom de deboche, porque não sou acostumado a ser escorraçado depois do sexo. Sim, nós transamos loucamente naquele sofá e essa lembrança ninguém tira de mim. Mesmo que eu perca meu emprego, nunca me arrependeria do que fiz esta madrugada, a melhor transa da minha vida, com o meu chefe!
O vi andar até uma porta, que devia ser o banheiro, entrar e bater com força. E que visão deliciosa, aquela bunda redonda com a marca da minha mordida, as pernas longas e delineadas, indo para longe.
Não vou negar que tive um pouco de raiva por ele ter me mandado embora. Fiquei puto, claro, mas eu estava tão deliciosamente dolorido e tão deliciosamente satisfeito, que aquilo não me abalou como poderia. Eu estava leve...
Quando desci as escadas daquela mansão, o sol estava lindo lá fora e os empregados limpavam o que sobrou da festa, com certa pressa. Me senti poderoso, sob os olhares de todos, e não me intimidei em nenhum momento... Saí andando até a avenida, com os botões da camisa abertos, e pedi um táxi, que, graças a Deus, não demorou a chegar. Eu precisava descansar um pouco...
No meu apartamento, me despi e me joguei na cama, ainda sentindo o perfume caro de Alec em todo o meu corpo, o ardor na pele pela barba crescida que se esfregou nela, e a dor da pegada forte que, possivelmente, deixaria hematomas.
Quantos dias a gente pode ficar sem tomar banho? Porque eu quero aproveitar ao máximo o cheiro dele em mim.
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O domingo foi silencioso e cheio de preguiça e eu mal me levantei da cama. Enquanto comia batata frita e assistia uma série qualquer na Netflix, eu lembrava da loucura que foi transar com Alec Lightwood.
Que homem, meu Deus! Que deus, meu homem!!
Eu simplesmente não conseguia esquecer como foi gostoso rebolar no colo dele, enquanto me empalava. A maneira como me fazia quicar no seu colo, com força e pressa, segurando meus quadris com suas mãos grandes, me olhando no fundo dos olhos, como se quisesse roubar a minha alma. Seus cabelos em desalinho, caindo no rosto, as bochechas vermelhas pela excitação. Aquele olhar matador, a fúria em seus olhos. O peso do corpo dele sobre o meu, a língua deslizando pela minha pele suada. A maciez da pele leitosa que eu arranhei, mordi, suguei. Eu fiquei com marcas daquela madrugada louca e inesquecível, mas sabia que ele também as tinha... e nunca iria poder negar que aconteceu.
Desde a primeira vez que o vi imaginei que seria adepto do sexo bruto e violento. Aquele olhar... Alec parecia um animal selvagem enjaulado.
Naquela madrugada, eu entrei em sua jaula e o alimentei.
Ainda não sabia o que iria acontecer na segunda-feira. Eu, certamente, perderia o emprego, ele não iria querer me ver mais lá. Alec não parece um cara que transa com funcionários e, principalmente, mantém funcionários com quem transou.
Mas, aquilo não me preocupava. Eu havia recebido uma boa proposta de emprego de outra agência e poderia ir para lá facilmente. Modéstia a parte, eu estava muito bem cotado pelo excelente trabalho que vinha fazendo na Lwood. Mas não me arrependia da minha madrugada. O gosto de Alec ainda estava na minha boca, o cheiro no meu nariz, a lembrança de tudo na minha mente. Valeu muito a pena!!!
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Insensível
FanfictionTodos pensam que conhecem Alec Lightwood mas isso é uma ilusão. Ninguém conhece o verdadeiro Alec Lightwood... Só eu! Eu sou Magnus Bane e sei que não é nada fácil conhecer Alec Lightwood, porque ele é cheio de capas, como uma cebola. Mas... quand...