Bônus 1 - Alívio e amor

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_ Você não vai! _ o tom frio e cortante de Alec só serviu para que eu elevasse mais um pouco meu queixo e o encarasse com desafio nos olhos.

_ Você não manda em mim e eu vou! Na verdade, já estou indo... _ minhas palavras eram mais afiadas que uma espada de três gumes.

Alec fechou os olhos e massageou a testa, com um suspiro exasperado. _ Eu não estou mandando em você... _ seu tom abrandou, quando abriu os olhos e me encarou, novamente, poucos segundos depois, tempo que imagino que teria contado até 10 para evitar gritar comigo. Ele não era doido de gritar comigo!! _ Estou "pedindo" que não vá jantar com aquele idiota do Woslen... _ conseguiu falar com calma, embora seus maxilares travados mostrassem que estava com raiva e a veia saltada no pescoço demonstrasse que poderia explodir a qualquer momento.

Alec odiava Woslen desde aquela festa quando ele tentou me roubar da sua empresa, que agora era nossa e eu geria com Isabelle.

_ Você tem ciúmes... _ joguei, ciente que eu estava com a razão e ele não teria argumentos, porque sim. _ Não confia em mim? Não confia no seu marido, o homem da sua vida? Acha que eu não o amo? Está desconfiando dos meus sentimentos por você? _ soei mais dramático do que nas peças de teatro que fazia na adolescência. Eu sou um artista nato, meu público!

Alec se levantou detrás da mesa e andou até mim. Só assim para o rei sair do seu trono para estar com um reles mortal...

_ Magnus... _ seu tom agora não era mais brando, era doce, carinhoso, eu ousaria dizer, apaixonado e, eu amo quando ele fica assim. _ Eu nunca duvidaria do seu amor por mim... Confio plenamente em você. Eu não confio é nele... _ deixou claro.

Revirei os olhos quando sua mão tocou minha cintura. _ É só um jantar de negócios... por favor, não crie minhocas nesta cabecinha... _ deslizei meus dedos pelos cabelos que caiam em sua testa, os afastando.

Foi a fez de ele revirar os olhos e eu sorri, porque eu o ensinei a fazer isso. _ Negócios... nós não queremos negócios com a empresa dele e já dissemos isso com todas as negativas às suas propostas no último ano..._ apontou, começando a se exasperar de novo.

Enlacei seu pescoço e massageei sua nuca, como sei que gosta e o faz relaxar. _ E é justamente isso que vou dizer a ele, pessoalmente, para encerrar este capítulo de uma vez por todas, como o excelente homem de negócios que sou... _ garanti e rocei meu nariz no dele, o sentindo finalmente ceder aos meus encantos.

A boca de Alec procurou a minha, faminta e febril, como tinha sido sempre, desde o começo e agora, em nosso primeiro ano de casamento.

Ele ainda é aquele cara durão e arrogante de sempre, mas comigo ele é um amorzinho... e ai dele se não for.

_ Eu posso buscá-lo depois do jantar? _ ele pediu, calminho, aplicando pequenos beijos ao longo do meu pescoço, tirando toda a minha sanidade.

_ Quer ter certeza que estarei são e salvo? _ provoquei.

_ Quero olhar nos olhos daquele idiota uma última vez, depois que você disser que ele está fora do circuito... _ sussurrou no meu ouvido.

Eu sorri. _ Você é mau, muito mau... _ falei manhoso e ele apertou seus braços ao redor do meu corpo.

_ Quero você, Magnus Bane... _ murmurou, com olhos de desejo, as pupilas negras quase cobrindo todo o colorido.

_ Já estou pronto para sair, minha intenção era chegar cedo ao restaurante... _ murmurei, sem nenhuma convicção, no entanto. Quando Alec dizia assim tão persuasivo que me queria, meu corpo se aprontava para ele imediatamente, e eu já estava duro àquela altura. Eu sabia que ele me carregaria do escritório para o nosso quarto em instantes.

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