🚗... 🚗... 🚗... 🚗... 🚗... 🚗... Atenção! O carro do bônus está passando...
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_ Você não me ama! _ Magnus quase gritou e eu senti uma pontada nos ouvidos, praticamente um aviso da dor de cabeça que se instalava. Fechei os olhos e respirei profundamente. Quando ele entra nessa neura, sei que não conseguirei nem tentar me explicar, porque sempre me corta quando começo a falar.O sigo até o closet e o vejo arrancar os anéis, com certa raiva, sobre a penteadeira. Abro a boca, na primeira tentativa, mas ele explode.
_ Todos felizes, todos sorrindo, todos com o espírito natalino...Você não me ama! _ aquele tom alto novamente.
_ Magnus... _ uso meu tom mais baixo, antes do sussurro, aquele calmo e doce, que ele gosta, e me aproximo, tocando seu braço, mas ele empurra minha mão e ergue a dele, deixando claro que não quer meu toque. Isso me aborrece um pouco. Como não posso tocar no que é meu? Mas eu recuo, porque ele só é meu porque quer, e eu quero que ele queira por muito, muito tempo, até o fim dos nossos dias.
_ Qual o problema com você? _ ele usa um tom mais alto. Crispo meus lábios, apertados em um fio. Eu não vou entrar nessa. Não vou discutir com Magnus por... bobagens! Tudo o que eu quero meter nessa cabecinha é que nada importa, ao redor, eu o amo e pronto.
Faço uma nova tentativa, não sei porque, já que ele não vai me deixar continuar. _ Claro que eu amo você... _ digo, minha voz soando mais tímida do que eu queria. Eu sou Alec Lightwood, porra, é para seu ser mais firme!
Ele se vira bruscamente e me encara com olhos de cobra, tão sérios e ressentidos, que dou outro passo para trás. _ Claro que não! _ rosna, franzindo o nariz. Magnus está mesmo com raiva de mim? _ Você me destrata, me faz parecer um qualquer...
Engulo em seco. _ Você não é um qualquer..._ me atrevo a responder.
Mas ele ri, com deboche. _ Por que está comigo, afinal? Pelo sexo? Porque já deixou bem claro que, fora da cama, não tem interesse nenhum em estar ao meu lado. Eu entedio você?
_ Claro que não! _ dou um passo a frente, os lábios apertados e o cenho franzido. O que diabos ele está pensando? _ Você é o meu marido, o homem que eu amo. Não seja tão dramático! _ eu devolvo, e antes eu tivesse ficado calado, porque acho que o ofendi, pois ele avança sobre mim, batendo as duas mãos no meu peito e me empurrando.
Apesar do meu tamanho, precisei de equilíbrio extra para me manter de pé, pela surpresa do ato e força da raiva. _ Então eu sou dramático? _ ele sai do closet, sem trocar a roupa, despido apenas dos anéis, sobrando em seu dedo apenas a aliança de casamento. _ Você é um escroto que não tem sentimentos ou emoções, um homem que só pensa em si, um egoísta de merda, e eu sou dramático? Quer saber, foda-se, você! _ ele bufa, saindo do quarto.
Eu o sigo a cada passo, correndo escada abaixo, quando ele o faz. _ Eu não quis dizer isso..._ tento me corrigir. _ Magnus, vamos conversar civilizadamente _ peço, mas ele se vira apenas para me fuzilar com os olhos.
_ Está dizendo que não sou civilizado? É por isso que não gosta de aparecer ao meu lado? _ ele reverte tudo o que eu digo e me sinto um completo idiota por ter aberto a boca. Eu devia ter ficado calado desde o início.
_ Não foi isso que eu quis dizer..._ suspiro.
_ Você é um grosso, mal-educado, um homem rude e eu odeio você! _ ele sobe mais um tom e meu coração trinca quando ele diz que me odeia, antes de passar pela porta, a batendo atrás de si, com força.
Continuo a segui-lo, porta a fora, mas ele entra no carro. Tento abrir a porta do passageiro, mas ele a trava antes.
_ Magnus, por favor... _ me sinto nervoso. Ele nunca falou assim comigo... Que merda eu fiz! Que merda eu sou!
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Insensível
FanfictionTodos pensam que conhecem Alec Lightwood mas isso é uma ilusão. Ninguém conhece o verdadeiro Alec Lightwood... Só eu! Eu sou Magnus Bane e sei que não é nada fácil conhecer Alec Lightwood, porque ele é cheio de capas, como uma cebola. Mas... quand...