❆Capítulo treze: Sentimentos.

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      Havíamos chegado no Albergue Wangshu. As pessoas lá eram casuais mas se portavam de forma elegante. Eram simpáticos e receptivos. Ficamos na recepção por um tempo, segundo alguns viajantes, havia ocorrido uma intervenção na estrada principal para o porto de Liyue, então, a maioria resolveu passar a noite no estabelecimento. Os funcionários resolveram planejar uma fraternização pela quantidade recorde de clientes, aconteceria pela noite no pátio principal. Sucrosse sugeriu que seria bom se continuássemos com a viagem pela manhã seguinte, então, todos concordaram em ficar.

      Enquanto esperávamos sermos antendidos pela recepcionista que nos diria os quartos, uma voz aguda e vibrante surgiu no ambiente.

      - Albedo!!! - Viramos para trás intrigados. Uma mulher de cabelos rosados preso em um rabo de cavalo, pele bronzeada e um ar excêntrico vinha rapidamente na direção de Albedo. Ela trazia uma enorme mala nas costas e em sua cintura diferentes adereços que nunca vira antes.

      - Srta. Biglle. - Albedo abriu um pequeno sorriso.

      - Oh! Não esperava encontrá-lo, aqui! - Eles se cumprimentaram. - Sucrosse! - Ela se aproximou eufórica.

      - Olá, Martha. - Sucrosse acenou, logo, Martha cumprimentou Edith e Arlo com a mesma empolgação.

      - Quanto tempo não os vejo!

      - Trabalhamos a pouco tempo em um projeto juntos. - Disse Albedo.

      - Oh, realmente, minha memória não anda muito boa. - Ela riu. - Oh, e quem... - Seus olhos caíram sobre mim. Algo no olhar de Martha me incomodou naquele exato instante, não soube explicar, mas senti uma sensação ruim. - Esse é o seu novo projeto?

      - Projeto?

      - Soube pelas bocas dos alquimistas de seu acampamento, aparentemente, este experimento é tóxico, não? - Albedo suspirou.

      - Acho que não posso confiar em meus próprios colegas de trabalho. - Sua expressão se contorceu. - Srta. Biglle, por favor, seja discreta, além disso, Oliver não é um projeto, muito menos um experimento.

      - Como não? O que é então?

      - É uma longa história. - Ela se aproximou de mim.

      - Olhe só... Seus olhos não possuem brilho algum, é como se fosse um corpo morto... - Ela tocou em meu rosto. - Sua pele é naturalmente gelada, considerando que estamos em um dia quente de verão, é como se fosse um cadáver. Interessante. - Ela começou a passar as mãos nos meus fios de cabelo.

      - Martha, por favor. - Sucrosse me puxou pelo ombro. - Oliver tem algumas condições diferentes das nossas, mas não é como se todos fôssemos humanos aqui, não é? - Martha sorriu.

      - Claro, mas Oliver especificamente, é no mínimo diferente, agora entendo completamente o interesse de Albedo em querer estudá-lo. - Ela riu. Albedo parecia impaciente, algo raro vindo dele. - Acho que posso ajudar vocês.

      - Sabe algo sobre o povo Huncco? - Martha ficou pensativa.

      - Não me é estranho, talvez eu tenha alguma informação sobre. - Ela alargou seu sorriso. - Albedo, por que não conversamos melhor? Tenho algumas propostas! - Ela olhou para mim.

      - Propostas?

      - Isso mesmo! Você é ótimo em negociações. - Ela bateu duas palmas empolgadas.

      - Olha, eu não...

      - Será rápido! Ou talvez não! - Martha puxou Albedo para o andar de cima do Albergue.

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