Cap 05

903 107 59
                                    

Curta e comenta
---------

Um baque surdo vindo da porta do primeiro andar me fez pular da cama acordando Sarah .

"Barulho vindo da sala" - Sinalizei e Sarah se colocou de pé vindo atrás de mim.

"Toma cuidado" - Ela sinalizou assim que chegamos na escada.

— filha?! — Ouvi a voz de mamãe vindo da cozinha, coloquei a mão no peito devido ao susto e sinalizei a Sarah que era a voz da minha mãe.

Nós descemos e pude ver minha irmã sentada numa cadeira de rodas com os braços enfaixados. Giu parecia uma morta viva, ela estava muito mal e tinha sangue escorrendo de seu nariz.

— Desculpa te assustar filha, não quis entrar com ela pela sala e viemos por aqui. — Ela apontou para trás. — Mas a porta estava emperrada e precisei empurrar. — Ela finalizou com a voz tristonha, eu me aproximei da cadeira e me abaixei para ficar na altura da minha irmã.

— giu? — Chamei seu nome e ela tentou inutilmente dar um daqueles sorrisos que chagavam aos olhos.

— Mas que barulhei.... Meu deus, giu. - Carla sussurrou me fazendo encará-la e dar um sorriso triste antes de me levantar.

— Me ajuda a colocar ela no sofá. — Pedi e mamãe empurrou a cadeira, Carla me ajudou a ajeitar o corpo mole, encostando o corpo no sofá e Sarah puxou alguns travesseiros para deixá-la confortável.

Carla se afastou e voltou segurando uma faca pequena junto de um algodão banhado a álcool que havia passado no objeto. Eu respirei fundo e me ajoelhei na frente de giu, minha mãe se sentou ao lado segurando sua mão enquanto Sarah e Carla permaneciam em pé.

— Vai doer só um pouquinho giu. —  Murmurei e cortei alguns centímetros da palma da mão escutando um grunhido vindo dela e repeti o corte na minha, juntando nossas mãos em seguida fazendo nosso sangue se misturar.

— Virgen santíssima, que isso funcione. — mamãe murmurou e eu fiz o mesmo pedido.

— Eu também trouxe o kit para colher o sangue de vocês, para fazer por mim mesma o teste do antivírus e não levantar suspeitas de que vocês estão aqui sem saber se isso realmente irá funcionar.

Carla e eu concordamos e após fazer o curativo da mão de giu e da minha mão, ajudei a levá-la para o quarto, mamãe permaneceu com ela e eu voltei para a sala onde Carla tentava sinalizar alguma palavra com a ajuda de Sarah .

— juliette ... - Carla chamou e levantou a mão e ao lado Sarah riu. — Eu te amo.

Eu ri e neguei me aproximando dela.

— Esse é o símbolo do rock. Pra sinalizar que me ama você faz isso... — Falei separando o dedão dos outros dedos e o segurando para que ela o mantesse separado.

— Sarah ! — Carla ralhou olhando feio e Sarah começou a rir caindo para trás com as costas nas almofadas. — Arg, sua danada! — Carla bufou e partiu para cima dela para fazer cócegas.

Sarah começou a se debater e levantou a mão para que eu ajudasse. Eu puxei Carla de cima dela, vendo Sarah completamente vermelha com os olhos fechados.

— Você não pode defendê-la. Ela tá me ensinando errado juh! — Carla cruzou os braços e fez um bico muito fofo.

Sarah se sentou ainda segurando a própria barriga e eu dei um tapa de leve em seu joelho.

"Ela ficou chateada" - Sinalizei e Sarah fez uma careta e logo depois deu duas batidinhas na perna chamando atenção de Carla.

Sarah apontou para Carla que a olhava séria, e moveu os dedos para frente, depois fechou o dedo polegar e indicador deixando os outros abertos. E eu ri.

THE VOnde histórias criam vida. Descubra agora