;Ponto e Vírgula - The Walking Dead (Glenn Rhee)

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"Sherlock Holmes"

Quatro semanas. Exatamente quatro semanas desde que o primeiro caso de desaparecimento surgiu em Atlanta. Ayla tem feito mais turnos que nunca para tentar decifrar o que está acontecendo na cidade. Mas quanto mais perto ela chega de uma resposta, mais suas suspeitas que a polícia e até sua própria equipe estão escondendo algo se concretizam.

Recentemente, o noticiário deu um alerta geral sobre o boato de um vírus que circula e se espalha de maneira rápida entre as pessoas. Não se sabe ao certo quais são os sintomas, nem o que causa o vírus mas graças as recentes reportagens, cada vez mais o governo se vê obrigado a tomar medidas de prevenção contra uma possível epidemia.
Ayla tem se perguntado se há alguma conexão entre os casos de desaparecimento e essas 'medidas de prevenção'.

"Desde quando trabalhamos junto com eles?" Diz Ayla ao descer de sua moto na frente do prédio da perícia criminal de Atlanta e se deparar com agentes do FBI circulando em toda a área do prédio.
Sua colega dá de ombros e diz não fazer idéia do que está acontecendo para haver agentes federais no local.

A jovem que já desconfiava do motivo dos agentes estarem no prédio, se dirigiu diretamente a sala de seu chefe ao entrar.
Questionando outra vez o motivo do FBI estar ali, Ayla não se surpreende ao receber a resposta. O estado designou agentes federais para supervisionar o trabalho em cada sede de polícia. O motivo? O vírus finalmente seria divulgado como ameaça a saúde pública e os peritos seriam designados para identificar novos casos de contaminação em Atlanta.

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"Então só agora nós somos parte de toda essa operação 'secreta'?" Ayla questionou em meio a uma reunião com os agentes e toda a equipe que já estava acostumada a trabalhar desde o início de sua carreira.

O agente que dirigía a reunião olhou diretamente para a jovem ao ouvir a pergunta.
"Desculpe, não entendi sua colocação."

Ayla sorri cínica com a resposta e bufa irritada.
"Vocês vêm escondendo o que está acontecendo desde o início. Enquanto estávamos enfrentando casos de desaparecimento de cada vez mais pessoas, ninguém dos seus foi designado para auxiliar na busca pelas vítimas. E agora vocês vêm pausar todo o nosso trabalho, para nos usar como infectologistas? Pessoas continuam desaparecidas!" Ayla expressou.

A maioria ali congelou ao ouvir as palavras de Ayla, olhares de repreensão de diversas pessoas foram direcionados a mulher e alguns murmúrios de concordância surgiram com o silêncio do agente responsável.

"Você é Ayla Parker, correto?"
O agente questionou após alguns segundos de reflexão.

Ayla franziu as sobrancelhas e acenou esperando que o homem completasse sua divagação.

"Foi você quem entregou os relatórios sobre ter encontrado indícios de cartuchos de arma de fogo no local de um dos desaparecimentos algumas semanas atrás."

Ayla não conseguiu controlar a expressão de surpresa que veio ao ouvir a afirmação do agente.
Mas logo concordou.

"O que isso tem a ver com a minha questão?" Ayla pergunta mesmo já imaginando qual a relação entre as situações.

"Seu relatório foi confiscado pelo FBI, devido a impossibilidade de certas informações serem divulgadas na época. Os desaparecimentos, na verdade..."

"Estão relacionados com a proliferação do vírus." Ayla completa fazendo o agente a olhar surpreso e todos na sala ficaram chocados com a revelação.
O agente a observa de forma cuidadosa antes de esperar que a jovem complete sua afirmação.

"Eu não tinha suspeitado até meu relatório desaparecer e claro, as notícias sobre o vírus começarem a circular." Ayla diz encarando o homem a sua frente na sala.
"Mas eu lembrei de alguns casos em que no passado o governo lidou 'da sua forma' para controlar a proliferação de algumas doenças. Por mais que sejam apenas "relatos infundados", se existe a informação, é porque há história por trás..."