O Destino do Jovem Príncipe - LGBT

A surpresa do Príncipe - 2

Amanheceu...

   O jovem príncipe Rafael foi despertado por um beijo no rosto do príncipe Alan que, queria lhe fazer uma surpresa.

— Bom dia meu querido? — Rafael esfregou com a mão onde os lábios do príncipe tocaram-lhe e de mau humor retrucou:

— Tenho pelo menos direito de privacidade, não tenho?

— Não precisa ter ao meu lado, aliás, tudo que for fazer eu estarei por perto.

— Se você não sair do meu quarto agora, eu falarei com meus pais! — ameaçou-o.

O príncipe levantou e saiu sorrindo cinicamente, esperando-o se trocar do lado de fora.

            Rafael vestiu um dos seus trajes mais simples, embora todos fossem chamativos de eterno luxo, e desceu triste, acompanhado ao lado de seu "futuro marido", para se ajuntar a sua família para tomar o café da manhã.

— Veja só...! O desgraçado tem o prazer em divulgar a sua beleza em dos  seus lindos trajes reais... — comentou Fernando em voz baixa para o irmão ao lado.

— Ele faz isto para nos humilhar! Pois sabe que todos o adoram. — retrucou Geraldo discretamente.

            Rafael havia percebido que seus irmãos estavam cochichando dele com má intenção e fingiu não perceber nada.

"Se eles soubessem o quanto sofro, certamente perceberiam que não tenho nenhum prazer em minha beleza..." — pensara ao lado do seu "príncipe desencantado".

De repente o príncipe se levantou diante de todos e chamou atenção:

— Tenho uma revelação a declarar — Rafael já podia imaginar do que era. — Quero que todos saibam que Rafael é o tesouro mais valioso do meu coração. — terminou olhando para ele que não demonstrara nenhuma reação.

— Filho diz alguma coisa. — apressou a rainha toda feliz.

— Já é a décima terceira vez que ele diz isso! — lembrou-a em voz alto.

— E agora a surpresa final... — retrucou o príncipe Alan, notando que os olhos do jovem príncipe se ergueram apreensivamente. — Quero lhe informar que daqui a três semanas eu e Rafael iremos nos casar.

            A rainha desatou a chorar de emoção e o rei aplaudiu orgulhoso, somente Rafael ficou espantado com a revelação.

— NUNCA! — protestou se levantando de sua cadeira. Todos o olhavam incrédulo.

— Mais o que é isso, filho? — indagou o rei, estranhando a reação inesperado dele.

— Você deveria estar contente por se casar com o príncipe Alan, um dos príncipes mais bonito dessa terra! — informara a mãe surpresa.

— Com licença, você quis dizer o mais bonito, não foi? — quis lembrar a sua futura sogra.

— E-Exatamente... foi isso que eu quis dizer. — se corrigiu a rainha na sua explicação.

Os irmãos cochichavam em dúvidas:

— Por que será que ele reagiu contrário?

— Vai ver seja somente um plano dele. Com certeza tentará nos humilhar ainda mais no dia do seu casamento! — dissera Geraldo.

— Você tem razão — concluiu. — Rafael tem cartas nas mangas contra a gente!

— Mas nós também temos as nossas!

Rafael pedira licença e indignadamente se retirou da sala de jantar e subiu para o seu quarto, pois sabia que seria inútil reagir em frente a sua família, que estavam a favor do príncipe Alan.

— Eu não irei me casar com ele! Preciso encontrar uma forma de fugir daqui. — mais logo se desanimou, pois notou que era impossível escapar do palácio, já que era vigiado vinte e quatro hora por dia.

            Os irmãos terminaram de tomar seu café da manhã, e se dirigiram para a sala da biblioteca.

— Acho que já está na hora.

— Sim, concordo. Irei agora mesmo a procura de um comprador mais horroroso que encontrar... Mas e se ele for pobre?

— Venda-o pelo dinheiro que tiver a oferecer, o importante é que nosso querido irmãozinho  sofra e seja infeliz ao lado dele até a sua morte! — respondeu Geraldo, com um ódio macabro.

Fernando saiu do palácio em sua carruagem luxuosa e particular, fora destinado a encontrar pelo povoado o homem mais feio para ser dono do belo irmão Rafael, enquanto isso Geraldo se encarregara de convidar pela primeira vez o irmão caçula para dar um inesquecível passeio ao redor do palácio, onde isso fazia parte do plano da ruína dele.