A carruagem já entrara numa estreita estrada de terra, que dava ao meio da floresta, era uma floresta um pouco escura, já que as árvores eram grandes e uma perto das outras, isso dificultavam que os raios solares invadissem o solo.
De repente a carruagem parara e Rafael indagou:
— Já podemos descer? — esperava por isso impacientemente para poder ver tudo ao seu redor e aproveitar o máximo da sua breve liberdade.
— Rafael, antes de descermos gostaria que pusesse essa venda nos olhos. — disse Geraldo entregando uma venda a ele.
— Mas para quê devo colocá-la?
Geraldo ia responder, mas, seu irmão respondeu em seu lugar:
— É para uma surpresa inesquecível, Rafael.
— Uma surpresa? — indagou alegremente.
— Sim, ou você achou que nós iríamos deixar de preparar uma surpresa para o nosso querido irmão no seu primeiro passeio?
Rafael via que os seus irmãos estavam muitos felizes e não querendo decepcioná-los aceitou por a venda nos olhos.
— Você promete que não está vendo nada? — perguntou Geraldo.
— Juro por Deus! — respondeu.
Fernando e Geraldo se olharam e ambos soltaram risinhos de maldades.
— Espere um minuto Rafael, eu e Fernando vamos descer primeiros e ajudaremos você a descer.
— Sim. — respondeu ele animado, tentando possivelmente adivinhar a tal surpresa.
Geraldo e Fernando desceram e se afastaram um pouco da carruagem. Geraldo perguntou sussurrando:
— Onde é o local que você combinou em deixá-lo?
— Fica depois do riacho, num território cheio de rochas.
— Então devemos nos apressar.
Os dois irmãos desceram Rafael, este pisou ao chão e já podia respirar o ar puro e fresco da natureza.
— Já estou sentindo o vento puro em meu corpo! — maravilhou-se.
Geraldo segurou à mão direita do irmãozinho e Fernando a outra e como um passeio de mãos dadas conduziu-o ao local preparado.
— Que lindo som é esse? — indagou prestando atenção no lindo canto do famoso sabiá da floresta.
— É um pássaro, Rafael.
— Eu gostaria de vê-lo cantando. — pediu.
— Você terá tempo de sobra para vê-lo cantando depois. — respondeu Geraldo.
Depois de alguns minutos caminhado com Rafael, seus malvados irmãos chegaram ao local onde o deixaria para ser levado por seu comprador.
— Por que paramos? Já chegamos ao local da surpresa que prepararam para mim?
Fernando respondeu entusiasmado:
— Exatamente. Já chegamos.
— Então vou tirar a venda dos meus olhos. — falara Rafael, ansioso para ver a tal surpresa.
Geraldo impediu-o:
— Agora não, você terá que contar até cinquenta e depois poderá tirar a venda dos olhos.
— Tenho que contar?
— Faz parte de sua surpresa, meu irmão. — mentiu Fernando. Rafael ingenuamente acreditou nas falsas palavras dos seus irmãos, imaginando que tudo seria uma maravilha.
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O Destino do Jovem Príncipe - LGBT
Short StoryNum mundo onde o casamento com o mesmo sexo é tão natural quanto qualquer casamento entre homem e mulher vivia o jovem príncipe Rafael aprisionado em seu palácio enquanto seus dois irmãos mais velhos conspiram contra ele, cercado de inveja por ele s...